China censura site do Guardian

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Meio & Mensagem
8 de janeiro de 2014 - 11h13

A China bloqueou o acesso ao site internacional do jornal inglês The Guardian em seu território continental. Apesar de o país ter histórico em restrições à internet, a iniciativa surpreende por envolver conteúdo em língua inglesa – geralmente o objeto de censura é material em chinês.

A censura começou na terça-feira, 7, mantendo o portal inacessível por diversos meios – desktops, smartphones, tablets – e navegadores. Na manhã desta quarta-feira continuava fora do ar, embora tenham surgido relatos isolados de usuários chineses que têm conseguido entrar no Guardian.

Apesar de ser raro, não é a primeira vez que o sistema de censura chinês – o Great Firewall – bloqueia portais em inglês. Geralmente mira reportagens críticas envolvendo autoridades do alto escalão, como aconteceu com os sites da Bloomberg em junho de 2012 e do New York Times em outubro daquele mesmo ano.

O Guardian, no entanto, desconhece motivos específicos para este bloqueio. Segundo o jornal, não foram publicadas matérias embaraçosas para a China nos últimos dois dias. O texto mais próximo de uma polêmica foi ao ar na segunda-feira, 6, sobre os conflitos étnicos envolvendo a região de Xinjiang, mas o Guardian afirma que já havia coberto o assunto em outras ocasiões e o portal permaneceu no ar normalmente.

Uma relações públicas do ministro do exterior disse à agência de notícias Reuters que o governo desconhecia a existência do bloqueio e tergiversou sobre a responsabilidade no caso. Um porta-voz do jornal afirmou que o caso está sendo investigado e é esperado o reestabelecimento o portal nas próximas horas.

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