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Dez profissionais de mídia de 2013

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Dez profissionais de mídia de 2013

Meio & Mensagem aponta dez profissionais de mídia (em ordem alfabética) que se destacaram durante o ano


18 de dezembro de 2013 - 12h51

Alexandre Caldini

De frentista de posto de gasolina a CEO de uma das principais plataformas de informação econômica do País, Alexandre Caldini Neto tem levado o Valor Econômico a enxergar um horizonte menos nublado entre o cenário pessimista que cerca os meios impressos no Brasil. Vencedor do Caboré na categoria Profissional de Veículo em 2011, quando ainda trabalhava no Grupo Abril, o executivo preside o Valor desde abril de 2012, ano em que o jornal cresceu 19% em publicidade e 29% no número de leitores. Em 2013, o Valor conquistou 389 novos anunciantes e os meses de julho, agosto e setembro foram os três melhores faturamentos publicitários dos 13 anos de vida da publicação. A edição do anuário Valor1000 deste ano também bateu recorde de faturamento, com 255 páginas pagas de 184 anunciantes. Em janeiro, o jornal lançou o Valor Pro, serviço de informações financeiras em tempo real que demandou investimentos de R$ 100 milhões. Caldini colaborou ainda no desenvolvimento da plataforma de eventos do Valor, que em 2013 promoveu seminários sobre investimento, logística e sustentabilidade, além do Fórum Infraestrutura e Energia no Brasil, que teve edições em Londres, Nova York e São Paulo.  

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Daniela Mignani

No comando do GNT desde agosto de 2011, Daniela Mignani consolidou neste ano o investimento do canal em produções brasileiras, especialmente ficções, um formato sem tradição no País. A aposta refletiu diretamente nos resultados de audiência da emissora da Globosat. Destacaram-se as estreias de Copa Hotel, As Canalhas, Surtadas na Yoga e Beleza S/A, entre outras. Todas contribuíram para a audiência — 3 Teresas, por exemplo, alavancou a faixa em 93% entre o público feminino. A segunda temporada de Sessão de Terapia, dirigida por Selton Mello, foi vista por mais de 6,5 milhões de pessoas. Em não ficção, o Saia Justa voltou com time novo, com Astrid Fontenelle, Barbara Gancia, Maria Ribeiro e Mônica Martelli, e também ganhando bons pontos de audiência feminina em TV por assinatura. Daniela, que teve passagens por Banco Nacional, Infoglobo e Multiplan, está na Globosat desde 2000. 

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Diego Guebel

Há três anos, o portunhol é um idioma cada vez mais frequente na diretoria artística do Grupo Bandeirantes. Afinal, Diego Guebel vem da Argentina, país que possui um dos mais sólidos mercados de TV paga do continente e onde se consagrou como um visionário profissional de audiovisual, ainda nos anos 1980. Uma década depois, foi um dos fundadores da produtora Cuatro Cabezas, posteriormente comprada pelo grupo holandês Eyeworks. Os formatos originais da empresa despertaram o interesse da Band, que chamou Guebel para articular as versões nacionais de atrações como CQC, A Liga e Polícia 24 Horas. Suas ideias envolvendo entretenimento e humor o levaram à direção artística da casa e, neste ano, à direção-geral de conteúdo. Hoje, sob sua responsabilidade está toda a gestão do setor em TV aberta e paga, incluindo Newco e Band Internacional.  

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Edgar Diniz

“Este ano foi especial: consolidamos nossa estratégia de exploração do mundo digital”, diz Edgar Diniz, CEO e fundador do Esporte Interativo (EI). A avaliação tem muita influência do aporte de R$ 80 milhões que o canal recebeu da Turner, em junho, acelerando o crescimento de suas operações. Apesar do investimento e das duas cadeiras no conselho às quais a multinacional teve direito, o EI continua operando independentemente. O relançamento da Copa do Nordeste no início deste ano representou a maior média de público do futebol no País, de acordo com Diniz. O lançamento do segundo canal na região nordestina e a transmissão da Liga dos Campeões da Europa também se destacaram, assim como os direitos adquiridos de importantes campeonatos em modalidades como vôlei, handebol, judô e tae kwon do — um aquecimento para as transmissões de Jogos Olímpicos em 2016. Sob a liderança de Diniz, o canal contratou um time de profissionais de renome para o marketing e para os estúdios, como Fernando Nogueira, Zico e Jorge Kajuru. O canal também manteve seu crescimento em plataformas digitais, onde já era um player relevante. Hoje, além de portais e redes sociais, possui aplicativos para smartphones e TVs conectadas. 

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Fábio Barbosa

Desde que assumiu a presidência da Abril S/A, em agosto de 2011, Fábio Barbosa vem comandando negócios importantes para a empresa. Ele consolidou, por exemplo, as compras integrais de Casa Cor e Elemidia, dois importantes ativos do grupo, e liderou o lançamento da plataforma Iba, entre outros produtos. Outrora questionado pela falta de experiência em mídia — veio da área financeira, egresso de Citibank, ABN Amro e Santander —, o executivo provou que tinha as ferramentas necessárias para profissionalizar a gestão. Em maio deste ano, a enfermidade de Roberto Civita, provocou uma reformulação de lideranças e fortaleceu Barbosa, que acumulou a presidência da Abril Mídia no lugar de Jairo Leal. A partir da morte de Civita, Barbosa teve suas maiores provações. Conduziu uma reestruturação que fechou cerca de 220 cargos, incluindo muitos diretores, além de quatro títulos e uma emissora de TV. Passou a exercer comando direto sobre diversas unidades de negócios da área de mídia. O corte na carne foi necessário, no entanto, para dar início ao enxugamento da imensa máquina Abril: uma sinalização da estratégia de deixar a operação mais eficiente, concentrada em menos marcas — anunciada recentemente por Giancarlo Civita, chairman da Abrilpar. Dentro desse planejamento, Barbosa será o responsável direto pelo reforço de investimentos em Veja, Exame, Claudia e família Vejinha. 

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Guilherme Ribenboim

O economista carioca Guilherme Ribenboim tem reconhecida experiência no mercado online — foram mais de 11 anos no Yahoo e um ano como CEO do ClickOn. Mas sua atual missão como diretor-geral do Twitter Brasil, posto assumido em novembro de 2012, é das mais desafiadoras de sua carreira. Até porque redes sociais são as plataformas digitais que mais crescem — aliás, a companhia prefere ser chamada de “rede de informação”. Encarregado de montar o escritório brasileiro da companhia, Ribenboim foi o funcionário número 1 e hoje coordena um time diversificado de talentos como Pedro Porto, que deixou em maio passado a Fischer&Friends para ser diretor de estratégia de marcas. Com a operação funcionando a pleno vapor no Brasil, a rede se aproximou mais de agências e empresas, aumentando os cases de sucesso na plataforma. Os frutos dessa estratégia já estão rendendo e prometem se intensificar em 2014. Um dos trabalhos pensados para o Twitter, o Sky Rec, desenvolvido pela AgênciaClick para a Sky, foi finalista no Innovation Lions, no Festival de Cannes. O Brasil está entre os cinco maiores mercados do Twitter, que se capitalizou com sua uma oferta pública de ações em novembro. 

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José Roberto Maciel

Em uma empresa cujo patrão é uma figura pública, respeitada e famosa por sua intransigência, não deve ser fácil encontrar espaço para tentar um plano de gestão diferente. José Roberto Maciel vem conseguindo isso e muito mais nos três anos em que ocupa a função de vice-presidente do SBT. Com 12 anos de casa, ele assumiu o cargo no final de 2010 instaurando uma gestão baseada em dados, pesquisas, organização e, claro, coragem de experimentar. A emissora tem vivenciado nos últimos dois anos a melhor fase de sua história recente. As tramas infantis Carrossel e Chiquititas cativaram o público e o SBT segurou um elenco de comunicadores de ponta, como Celso Portiolli, Eliana e Raul Gil. Para ajudar, Silvio Santos tem se divertido como nunca em seu programa dominical, não raro protagonizando um viral ao melhor estilo “#Compartilhe”, slogan de pegada digital que se tornou marca da gestão. Maciel também coordenou ações de aproximação com o mercado publicitário, com destaque para o patrocínio ao Festival de Cannes. Sob seu comando, o SBT encerra 2013 com crescimento de dois dígitos em faturamento e o segundo lugar na média geral do Ibope. 

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Leonardo Tristão

Os 76 milhões de usuários brasileiros que acessam por mês o Facebook e o faturamento de US$ 2 bilhões no terceiro trimestre de 2013 — alta de 60% em relação ao mesmo período de 2012 — são alguns dos motivos que fazem com que Leonardo Tristão, diretor-geral da rede social no Brasil, considere 2013 um ano excelente. Com passagens por IBM e Ericsson, o executivo foi um dos responsáveis por expandir a presença do Google no País, o que o levou ao Facebook em junho de 2011. Sob sua gestão, a rede lançou espaços mais nobres para anunciantes e segmentou a entrega de conteúdo. Aproximadamente 90% da receita do Facebook vêm de publicidade — desse valor, metade é decorrente de anúncios em dispositivos móveis. No Brasil, 44 milhões de usuários utilizam smartphones e tablets para acessar a rede social. “O mais importante: não perdemos em nenhum momento o foco de nossa principal missão, a de conectar o mundo por meio de iniciativas como o Internet.org”, diz Tristão, citando a parceria internacional de inclusão digital que também envolve marcas como Nokia, Qualcomm e Samsung. 

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Roni Cunha Bueno

Ganhador do Caboré de profissional de marketing em 2012, Roni Cunha Bueno vinha chamando a atenção do mercado graças a sua liderança na Netshoes, empresa de e-commerce que se tornou uma das mais arrojadas do setor. Seu crescimento o levou ao Terra, há um ano, em um cargo novo, chief communications officer, reunindo as diretorias de publicidade e marketing. Sua missão era voltar a fazer do portal uma referência e atrair os holofotes — o que tem, de fato, conseguido. “Vim do cliente, fui o maior investidor da internet brasileira, e agora estou à frente da equipe de publicidade do Terra, liderando projetos inovadores que vão trazer exatamente o que eu sentia falta no mercado”, diz. Bueno afinou a parceria com a DM9DDB, o que culminou no projeto Terra V.I.P., short list na Innovation Lions, em Cannes, e no plano de reposicionamento de marca, que toma corpo em 2014. Firmou parcerias estratégicas com empresas como Time For Fun, Buscapé e Napster. Lançou novos formatos para o portal, como o One Day, o Expandable Video e o Terra Target. Liderou ainda a equipe de marketing na coordenação do Planeta Terra, festival que impactou milhões de pessoas na internet e ao vivo, colocando 16 patrocinadores em contato com o público, e inaugurou sua versão argentina. O primeiro trimestre de 2014 deverá fechar o primeiro ciclo de Bueno no portal com a apresentação de um novo projeto gráfico e editorial. “É muito gostoso fazer parte disso. Me lembra os momentos de entusiasmo da Netshoes”, conta o executivo. “Vejo pessoas felizes, engajadas e com vontade mesmo de fazer acontecer.” 

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Sergio Valente

Na manhã de 17 de janeiro, o mercado soube que Sergio Valente não era mais o presidente da DM9DDB e que estava de mudança para a Rede Globo. A guinada na vida desse profissional, reconhecido como uma das grandes lideranças do setor publicitário, se deu oficialmente em fevereiro, quando passou a comandar a Comunicação da emissora. Valente foi convidado a liderar o trabalho de branding em três aspectos: a dimensão da própria marca Globo por meio de seus pilares, a de seus produtos e a ativação social (como a rede se relaciona com a população). Diversos projetos foram desenvolvidos desde a chegada do executivo. O “Vem aí”, que lançou a programação 2013, foi o primeiro com Valente à frente da Comunicação. Como ele salienta, seu ingresso na empresa é consequência de um processo de transformações da Globo, que está se preparando para os próximos 20 anos. “Faço parte de um todo. Entrei em um mundo novo e fascinante, em que utilizo ferramentas que conheço em um ambiente no qual aprendo diariamente. Eu me sinto um desbravador”, diz. Uma das medidas de Valente foi reforçar o time com profissionais do universo das agências, gente com experiência em criar marcas, relevância e persuasão.  

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