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Diretor-presidente da Ancine faz balanço

Manoel Rangel avalia implementação da regulamentação da TV paga e responde a perguntas de segmentos do audiovisual


13 de abril de 2014 - 8h36

Depois de dar espaço a diversos setores do mercado de audiovisual, entre eles o de canais internacionais, em painéis sobre a implementação da lei 12485, o RioContentMarket fechou seu segundo dia de programação com a presença de Manoel Rangel, da Ancine. Em sua exposição, o diretor-presidente da entidade fez um balanço do cenário atual da TV paga e respondeu a questões levantadas ao longo da manhã desta quinta-feira, 13, no evento por players do setor.

Rangel parabenizou todo o mercado pelo trabalho feito nos últimos três anos junto à aprovação da lei. “Tivemos o desafio de uma profunda mudança, de implantar a lei que exige alteração de estratégia no conjunto das empresas, capacidade de adaptação de todos e superação. Fizemos todos a contento”, avaliou.

Ele citou ainda o aquecimento do mercado, que se expande continuamente, em sua opinião. “Se expandiu dramaticamente em 2011 e 2012 e mantém um ritmo de crescimento no patamar de 12% na TV por assinatura”, falou. Para o executivo, este desempenho positivo continuará nos próximos anos. “O sucesso do RioContentMarket, com uma quantidade de agentes econômicos presentes, é uma demonstração concreta destas oportunidades”, comentou.

Desafio

Rangel citou que agora o desafio do mercado, diante desta nova realidade, é produzir em quantidade, com qualidade, para atender esta demanda nova que se abriu. “Para isso precisamos transformar o conjunto de hábitos da indústria e investir na estruturação da mesma”, apontou.

Para ele, é necessário, após quase dois anos de vigência da lei, fazer um balanço do primeiro ciclo de experiência. “E examinarmos os ajustes que devemos fazer eventualmente”, disse. O diretor-presidente da Ancine complementou dizendo que já há massa crítica para avaliar questões pontuais no regulamento. Entre outros pontos que poderão ser estudados, ele citou a questão das reprises. “Seguimos acreditando na aposta que fizemos de que o mercado é capaz de se regular”, colocou.

Os preços praticados no que diz respeito ao valor de produção ou ao valor pago pelo assinante pela aquisição de um canal foram destacados como temas relevantes. A necessidade de dar condições de sustentação econômica aos canais brasileiros para cumprimento da lei também foi citada, assim como o custo de produção. “Temos um baixo número de profissionais formados em operação no mercado o que cria uma situação de pouca mão de obra para atender a demanda e gera elevação de custos”, disse.

Questionamentos

Ao final de sua apresentação, Rangel respondeu a perguntas levantadas esta manhã por representantes dos diversos setores do audiovisual. Sobre a escassez de mão de obra, ele disse que já há um plano em curso com o Ministério da Educação para encontrar soluções para este problema. Em relação à burocracia que envolve os processos ligados ao órgão, o diretor-presidente da Ancine disse que hoje 10% da força de trabalho de sua equipe está alocada em tecnologia da informação e 25% da verba da Agência vai para esta área, com o intuito de agilizar o lado operacional.

Já sobre flexibilização de critérios entre um produtor independente e um canal, quando o investimento privado é majoritário, ele disse que a questão de propriedade ficará como está. “Produção independente só é independente quando feita por produtora independente, pertence a ela. Isto não é complicado. Deve gerar resultados para ela, o resto é simples”, falou. Para ele, há uma fronteira determinada e ela não deve ser ultrapassada. “Não é para borrar uma fronteira que foi fixada para permitir o desenvolvimento econômico do setor. Uma produção independente segue sendo feita por quem produz de forma independente uma obra brasileira, e não simbolicamente. Gerando riqueza e divisa, permitindo que estas empresas se capitalizem”, concluiu.

Saia justa

Após a conclusão do painel por falta de tempo para sua continuação, houve uma saia justa. Embora não houvesse espaço para perguntas da plateia, o produtor Luiz Carlos Barreto questionou, mesmo sem microfone, como um produtor como ele deve agir quando um canal quer interferir em sua obra para poder exibi-la. Mesmo dizendo que em seu trabalho ninguém mexe, ele não obteve resposta, ao menos pública, do diretor-presidente da Ancine.  

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