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Mídia

Ibope diz estar pronto a questionar GfK

Instituto alemão confirma interesse em montar operação para medir audiência de TV no Brasil; Ibope afirma que se metodologia for a mesma, os números não serão diferentes


30 de abril de 2013 - 9h28

Ainda indefinida, a entrada do instituto alemão GfK no mercado de pesquisas de audiência de televisão no Brasil já estimula discussões sobre o monopólio do mercado brasileiro, dominado pelo Ibope, e sobre a credibilidade e experiência da GfK na área de mídia. Atualmente, o instituto – quarta maior companhia de pesquisa do mundo – mantem negócios no Brasil, principalmente na área de pesquisa de consumo, onde é referência global. Em comunicado, a GfK diz estar “em processo de avaliação e em conversas com alguns elementos chave do mercado nacional”, mas não antecipa detalhes e nem dá previsões sobre a entrada efetiva da empresa no mercado de TV, anunciada há um mês. Record, Band e SBT já foram procuradas pelo instituto, apurou Meio & Mensagem.

O início das operações teria o respaldo de emissoras de TV insatisfeitas com seus indicadores de audiência e em busca de outra fonte de mercado. O Ibope, único fornecedor desses números no País, afirma que, caso os números de audiência entre os institutos forem diferentes, vai confrontar a GfK sobre a metodologia utilizada. “Com certeza questionaremos. Porque se seguirem os parâmetros, não vai haver diferenças, ou elas serão apenas marginais, não de fundo”, diz Orlando Lopes, CEO do Ibope Media. “Não se monta essa operação do dia para noite, não é uma questão apenas de ter os aparelhos, mas gente capacitada, conhecimento do mercado, tecnologia e estruturas adequadas”, completa.

A GfK está em busca de novos mercados para alavancar o crescimento em regiões fora da Europa, onde está concentrada, além de ampliar receita da sua divisão de mídia, a menor entre elas, segundo o relatório financeiro de 2011. O balanço do ano passado ainda não foi publicado, mas de acordo com prévia distribuída aos investidores o faturamento da empresa foi de € 1,5 bilhão, valor 10,2% maior do que o registrado no ano anterior. Deste total, € 489 milhões tiveram origem em negócios na América Latina, América do Norte e Ásia, regiões que registraram o maior desempenho do grupo. Na Europa, as taxas de crescimento foram menores e houve problemas fiscais e de mercado em Portugal, Istambul e Ucrânia.

A íntegra desta matéria está publicada na edição 1557, de 29 de abril, exclusivamente para assinantes, disponível nas versões impressa e para tablets do Meio & Mensagem

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