Assinar
Meio e Mensagem – Marketing, Mídia e Comunicação

5 BIG TRENDS TO WATCH

Buscar
Predicting-the-Future121
Publicidade


6 de dezembro de 2016 - 7h54

 

MÉTRICAS PADRÃO: DIGA ADEUS DEFINITIVO A ELAS

Tenho para mim que nunca equacionaremos mais as métricas digitais da nossa indústria. Equacionar querendo dizer apaziguar os ânimos de todos os players ao longo de toda a cadeia, todo mundo tranquilão, usando as mesmas métricas de consenso geral, tudo fluindo como na época em que tínhamos apenas os 30 segundos na TV. Acho que dançou geral e para sempre. A velocidade no surgimento e disseminação das novas tecnologias, bem como da sofisticação das plataformas de produção e distribuição de conteúdos e de comunicação, tornou-se ininterrupta. Isso significa que, enquanto eventualmente pactuamos sobre um determinado indicador, novos avanços tornam a regra quase que imediatamente obsoleta e, enfim, isso não vai mais ter fim. Portanto, não conte mais com a solução dos conflitos nessa área. Nunca mais. Comece a trabalhar com a ideia de que é isso que temos para o momento e que a volatilidade e instabilidade das métricas é a nova regra do jogo, que veio para ficar. Tudo móvel e líquido, como a realidade em que vivemos.

VAREJO DIGITAL NÃO SOBREVIVE … SOZINHO

Cerca de 96% do varejo é físico. Então porque falamos tanto do varejo digital? Por algumas razões. A primeira delas é que a maior parte das compras off-line são iniciadas online. A outra é que só no online você tem os dados ativáveis dos consumidores off-line e isso permite que o varejo mantenha-se conectado com seu público o tempo todo, hoje de forma cada dia mais personalizada. Isso significa a possibilidade de fidelizar sua base e aumentar o ticket médio dela. On e off-line. Só que veremos um fenômeno ainda mais interessante acontecer nos próximos anos: o O2O e o Onboard Data. As duas coisas juntas significam você integrar de tal forma o on e off que para o consumidor vai ser tudo uma coisa só. Ele pode comprar online e pegar na loja ou comprar na loja e receber em casa. Os dados do consumidor estarão em toda parte. O vendedor do ponto de venda saberá que sou eu que está chegando para buscar meu liquidificador, comprado online. E quando eu sair com ele da loja, será dada baixa no estoque do varejista. Enquanto isso, o fabricante, por sua vez, poderá ter acesso a dados e mais dados de todas essas transações. Assim, o varejo digital não será, como se chegou a supor algum tempo atrás, um canal de vendas que vai substituir o físico. Sozinho ele não sobrevive. Em compensação, ele trará uma eficácia, redução de custo e incremento de ROI para toda a cadeia de uma forma que, sem ele, isso não seria possível.

AS REDES SOCIAIS VÃO DAR LUGAR A OUTRA COISA

Em muito breve, não chamaremos mais as redes sociais de redes sociais. Cada uma delas vai passar por sua própria transformação para se adaptar as mudanças em curso, de tal forma que o fato de possuírem e terem acesso a uma rede de usuários conectados vai ser apenas um pedaço da sua oferta de valor, a base da sua oferta de valor, quem sabe, mas não mais o coração da sua oferta de valor. Estamos vendo claramente a migração das redes sociais para os ambientes do conteúdo e do entretenimento. Elas se transformarão em plataformas de geração e distribuição de informação, cultura e serviços. A expressão que vi outro dia em inglês para esse fenômeno foi “social media mashup”. O fato dos usuários estarem todos ali conectados será apenas um adereço para otimizar o resto, o tal “mashup”. E é desse resto que virá a grana.

DATA SCIENCE VIRA FEIJÃO COM ARROZ

Será tal a dependência de dados de todas as operações de comunicação e marketing no futuro breve, que as plataformas e serviços de Data Science migrarão da periferia para o centro nevrálgico das estratégias de marketing das empresas. Será a partir do conhecimento gerado por essa ciência que extrai valor da gigantesca massa de dados que está à disposição de todos nós que as coisas serão feitas. Ela será o coração de tudo.

AGÊNCIAS APERTARÃO O BOTÃO DA SUA PRÓPRIA AUTO-DESTRUIÇÃO

Elas já estão apertando esse botão. Mas não entenda que essa auto-destruição será maléfica ou que significará o fim das agências. Ao contrário, será exatamente por apertarem o botão que as redefinirá como negócio que, disparado o processo de Fênix, nascerão as sobreviventes do doloroso momento de transformação e obsolescência por que as agências passam hoje.

Publicidade

Compartilhe

Veja também