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Robôs fazendo gestão estratégica: vai rolar?

Que as máquinas podem fazer melhor que os humanos tarefas cíclicas repetitivas e sem a necessidade do raciocínio lógico e dedutivo do cérebro todos já sabemos


28 de setembro de 2016 - 9h00

Que as máquinas podem fazer melhor que os humanos tarefas cíclicas repetitivas e sem a necessidade do raciocínio lógico e dedutivo do cérebro todos já sabemos. Que a inteligência artificial está hoje em um nível evolutivo que consegue também substituir os humanos em tarefas bem facinhas para autômatos, como pilotar um carro ou performar atividades mecânicas em tempo real, também todos nós já sabemos. Que essas máquinas começam agora a realizar ainda tarefas que para nós, humanos, significa o uso de talento criativo, como escrever textos, por exemplo, também sabemos, embora já com alguma surpresa.
Mas agora há experimentos com máquinas que possam vir a realizar planejamento e gestão estratégica, algo extremamente mais complexo porque envolve um sem número de variáveis, entre elas a dedução sobre cenários mercadológicos e como reagir diante deles. Estratégias com frequência implicam em alterar a rota e reagir a condições inesperadas e pouco previsíveis do mercado e dos consumidores.

Robôs conseguiriam fazer a gestão de tudo isso?
Pois pensemos um pouco mais sobre a assertividade das estratégias e planejamentos humanos. Sabemos que companhias quebram aos montes, porque sua estratégia falhou. Investidores erram todos os dias em suas apostas tanto no mercado financeiro, quanto no ambiente de compra e aquisições ou de fomento a startups. Nesse ambiente, a taxa de equívocos é de fato de mais de 85%. Produtos são lançados e fracassam, mesmo depois de sofisticados estudos de mercado promovidos por seres humanos. Decisões de mudança de estratégia frequentemente resultam em prejuízos. Planejamento de médio e longo prazos, ainda mais em um cenário de alta volatilidade e velocidade de mudanças como o que vivemos hoje, são feitos muitas vezes apenas para dar um norte, mas o fato é que quase nunca o que se planeja é de fato atingido e implementado.

Em sendo assim, porque não imaginar que máquinas possam ser incorporadas ao ambiente do planejamento e das estratégias? Bastaria, em tese e por conceito, alimentar os robôs com dados e informações de cenários e de mercado, como volumes de venda, perfis dos consumidores, dados da concorrência, variáveis de preços, logística e distribuição, etc…, enfim, ao final do dia, são dados. E máquinas manipulam dados melhor do que seres humanos.
A partir daí, elas nos dariam seus outputs, suas projeções, suas considerações, enfim, sua gestão estratégica de negócios. Tim O´Rilley, um visionário analista do mundo digital, responsável pela criação da expressão Web 2.0 e de artigos geralmente de grande impacto na imprensa de tecnologia e inovação em todo o mundo, nos faz considerar que muitas das tarefas de gestão das empresas já estão hoje, em verdade, nas mãos de máquinas. Elas gerenciam a oferta e a demanda, tomando decisões estratégicas e de negócios sem qualquer intervenção humana. Como exemplo ele cita todo o sistema de negócios do Uber e de seu concorrente Lyft.

E para ser provocativo, Tim diz o seguinte: “É hoje possível dizer que a função central de gestão de muitos negócios deixou de ser a gestão propriamente dita e passou a ser a de gerir os robôs que estão fazendo efetivamente a gestão.

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