How To
A cauda longa da busca. Por Edison Morais
Analista de SEO da iProspect debate como o mercado de busca está apoiado na teoria da cauda longa em duas dimensões
Analista de SEO da iProspect debate como o mercado de busca está apoiado na teoria da cauda longa em duas dimensões
13 de maio de 2013 - 6h13
Por Edison Morais
Analista de SEO da iProspect e membro do comitê de Search do IAB Brasil
Em 2004, Chris Anderson chamou a atenção para o fenômeno long tail, ou cauda longa em português, em um artigo que virou livro e explicava as vantagens do modelo econômico da internet. O nome da teoria se dá pela aparência da curva do gráfico. É um fenômeno simples: com a digitalização dos bens de consumo (músicas, livros, filmes, etc.), não é mais necessário um grande espaço físico para estoque, reduzindo o custo de se manter produtos com pouca demanda. Assim, no início do gráfico (a cabeça) estão os grandes sucessos, e na cauda longa estão os produtos que vendem pouco individualmente, mas que pela alta variedade e quantidade representam um faturamento total igual ou até maior que a dos mais vendidos individualmente.
Esse gráfico representa bem casos de sucesso de empresas online como Amazon, Netflix e Google. No último caso, gostaria de discorrer como o mercado de busca está apoiado na teoria da cauda longa – em duas dimensões.
A primeira dimensão é a mais conhecida no mercado. Já incentivado pelo marketing de nicho, a diversidade de conteúdo da internet e o alto poder de indexação dos buscadores é um prato cheio para palavras-chave bem específicas que possam refletir um momento de intenção de compra ou de informação tão específico, que não seria retratado com relevância em uma pesquisa de mercado. Palavras-chaves que só seriam pesquisadas por dezenas de usuários em um universo de milhões, mas que somadas representariam uma quantidade significativa de visitas ao site vindas de páginas de resultado de busca com um número reduzido de concorrentes.
O segredo para se diferenciar nesse mercado é apostar na cauda longa em duas frentes: comprando palavras-chaves extremamente segmentadas, otimizando sua campanha de links patrocinados ou então criando conteúdo segmentado para as mais diversas possibilidades de consumo e consumidores, obtendo tráfego orgânico através de SEO (otimização para mecanismos de buscas).
Quando escrevemos um conteúdo, já temos em mente certo público a ser atingido com aquele texto. Com o tempo, a informação escrita naquele período de tempo tende a perder relevância em detrimento a informações mais recentes ou falta de interesse no assunto. No entanto, quando o texto é escrito tendo em vista práticas de otimização para busca, tanto no uso claro e específico das palavras-chave, quanto fazendo uso de links entre matérias complementares ou sequenciais, ele é tido como uma fonte de referência para o assunto abordado.
À medida que os anos passam, textos escritos há muito tempo continuarão agregando valor às pessoas. Como você acha que seus filhos ou netos pesquisariam em algum buscador sobre quem foi Madonna, Steve Jobs ou Silvio Santos? Temas que parecem tão naturais no nosso repertório cotidiano podem ser novidade para muitas pessoas. A cauda longa na busca prolonga a vida útil de um conteúdo e recria demanda em novos contextos.
Ao criar conteúdo para a web, sempre tenha em mente a cauda longa em suas duas dimensões: assegurando maior visibilidade de suas páginas nos buscadores e ampliando o tráfego qualificado ao seu site.
Veja também
O que é e como funciona o advergaming
Até o final de 2030, os jogos para dispositivos mobile devem atingir um valor aproximado de US$ 272 bilhões, já tendo atingido US$ 98 bilhões em 2020
Publicidade digital chega a R$ 23,7 bi e segue em expansão
Anunciantes que investem em canais digitais cresceram 57%, mas setor ainda está em desenvolvimento, segundo especialistas