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A mídia programática na era da hiperlocalização
Oferecer um produto ou serviço para a pessoa errada é gerar impressão por impressão, sem conseguir resultado nenhum
A mídia programática na era da hiperlocalização
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BuscarOferecer um produto ou serviço para a pessoa errada é gerar impressão por impressão, sem conseguir resultado nenhum
29 de julho de 2015 - 11h25
(*) Por Guilherme Mamede
Atualmente, muito tem se discutido a respeito do quanto o mobile e os dados gerados pelos usuários auxiliam na mídia programática. Já existem diversas ações que utilizam dados como o clima, a localização do usuário, o dia da semana ou até alguma data comemorativa para oferecer publicidade mais interessante para os usuários. Todos esses pontos auxiliam muito os anunciantes a direcionar publicidade ao público certo. É a chamada "era da hiperlocalização", que ganha importância em reuniões de compra de mídia e target de campanha.
É claro que é importante também ressaltar a questão do marketing de permissão, que obriga que anunciantes tenham a aceitação do público para pegar suas informações. Mas é perceptível que os consumidores têm aceitado muito bem essa estratégia das empresas que, na verdade, acaba por favorecê-los muito, seja por meio de uma publicidade bem mais direcionada para o seu perfil, seja por trazer facilidades como encontrar o que ele procura perto de onde quer que esteja.
E, atualmente, diversos tipos de negócios enxergam, na era da hiperlocalização e do marketing de permissão, uma oportunidade de conquistar novos clientes. Já não é de hoje que é possível pedir o táxi mais próximo por meio da referência geográfica, descobrir rotas de ônibus ou traçar o melhor caminho para fugir do trânsito das grandes cidades. Há, inclusive, aplicativos que usam o GPS do smartphone ou do tablet para avisar os pais sobre a localização exata dos filhos a cada momento.
Com as informações que são geradas por meio desses aplicativos ou mesmo apenas pelos dados dos smartphones, as empresas podem ter acesso a vários dados que são interessantes para criar valor para a marca e servir aos usuários. Já é possível criar parcerias com aplicativos de geolocalização para conseguir atingir exatamente um público que está em um local em determinado momento, oferecendo-lhe produtos ou serviços. Ações desse tipo com mídia programática já são bastante comuns e trazem bons resultados para os anunciantes e consumidores.
Essa mudança de paradigma é importante para mostrar que a mídia programática se atualiza para atender às demandas de consumidores cada vez mais exigentes, que não aceitam qualquer tipo de publicidade que lhes é oferecida. É preciso conseguir o máximo de informações possíveis para acertar em cheio o interesse do potencial consumidor. Até porque quem faz mídia programática apenas usando os tradicionais cookies acaba dando tiros no próprio pé, já que há muito tempo se sabe que esse recurso tem muitas falhas. Oferecer um produto ou serviço para a pessoa errada é gerar impressão por impressão, sem conseguir resultado nenhum com isso e tenho certeza que não é essa a intenção de nenhuma campanha.
(*) Guilherme Mamede é CEO da Melt DSP
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