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E-leadership: a liderança millenium

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E-leadership: a liderança millenium

Mais difícil do que lidar com esta geração, é encontrar lideranças aspiracionais que saibam aproveitar esses jovens


2 de março de 2016 - 11h11

(*) Por Alexander Greif Prudencio

É comum notarmos em muitas das conversas entre as lideranças executivas de grandes empresas a temática “Perfil do Profissional Geração Millenium”. Muito se comenta e reclama sobre a postura dessa nova geração que beira a frustração, mas a verdade é que mais difícil do que lidar com esta geração, é encontrar lideranças “aspiracionais” que saibam aproveitar esses jovens. Chamamos estas lideranças de E-leaderships.
Todas as empresas vêm transformando e direcionando seu modelo de negócio para Drivers da Era Digital, mas algumas esquecem dos principais “condutores”: lideranças. Investe-se muito em estrutura de TI e treinamento para essas ferramentas, mas pouco na “reciclagem” de seus executivos. Raras as exceções, muitos líderes ainda continuam na postura “old-school”, reclamando da geração que é literalmente o “API” para as novas oportunidades mercadológicas.

Obviamente, os E-leaderships não precisam saber sobre códigos (nem API), nem arquitetura de informação, ou análise de big data, mas precisam estar de corpo e alma abertos às novas tendências. Muitas são as características a serem descritas para um verdadeiro E-Leadership, mas citarei neste artigo unicamente quatro, as quais considero o “ponto da virada” de um líder da geração Millenium.

A primeira é o estado de não ser mais “chefe”. Chefe é coisa do ontem (véio). Vivemos em uma economia cada vez mais colaborativa, então, liderança é aquele que sabe unir as peças no tabuleiro e vencer o jogo junto. Não existe um ganhador, mas sim o coletivo. Mesmo assim essa geração respeitará um líder, e esse será reconhecido pela segunda característica do E-leader: “inspiração”.

Nem poder técnico, nem admiração, a geração Millenium quer ser inspirada. Quer se levantar todos os dias e trabalhar com pessoas que vão fazê-las sonhar, acreditar mas, acima de tudo, realizar. Seja alguém inspirador antes de carismático. Dê a liberdade de criar e compartilhar suas ideias com todos e, mais do que nunca, não julgue ideias às quais continua ignorante.

A terceira característica é a coragem. Na Era digital muito se testa e muito se erra. É uma época empreendedora e muito inovadora. Prepare-se. Ninguém sabe, todos aprendem simultaneamente. As apostas são altas e quem se arrisca primeiro tende a maximizar os ganhos. Desafie-se e mostre sua coragem para seus liderados.

A última e mais difícil de mudar: crenças. Para não nos alongarmos, darei um exemplo. Quando um de seus “liderados” Millenium afirmar que o formato tradicional de televisão não existirá mais nos próximos 5 anos, que a geração Baby Boomer consumirá mais vídeo on line que novela, que um blog trará mais resultado que um patrocínio na quadra de tênis ou mesmo que a indústria de petróleo é fadada a falência, segue uma dica: não faça cara de pai entediado com ideias de adolescentes e lembre-se rapidamente que a “Terra do Nunca” não existe mais, afundou com Peter Pan e todos os outros personagens. Hoje vivemos na “Terra do Tudo é Possível” e você talvez seja o peixe fora d´agua, por isso escute, anote, procure encorajá-lo a trazer mais dados, aprenda e caso não tenha coragem de ser o pioneiro, acompanhe de perto todas as mudanças. Quem sabe, ainda, você saiba correr. #ficaadica, urgh! Coisa de véio.

(*) Alexander Greif Prudencio é presidente do comitê de branding e performance do IAB Brasil e gerente de marketing, publicidade e digital da Citroën do Brasil 

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