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eSports: se você ainda não conhece, vai perder um grande jogo.

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eSports: se você ainda não conhece, vai perder um grande jogo.

Para cada pergunta sem resposta, enxergo uma oportunidade para valorizar essa categoria de forma genuína e com propósito. Miro exemplos como a Staffordshire University Business School, na Inglaterra, que investiu £ 40 milhões (libras) e se tornou a primeira universidade britânica a lançar uma graduação de eSports.


24 de outubro de 2017 - 7h33

Por Rodrigo Rivellino (*)

Há pouco tempo, ainda tratava as horas que meu filho Rafael passava no “vídeo game” como momento de lazer. Uma brincadeira saudável, dentro de casa, com amigos e diante da vigilância dos pais. Na minha época, as horas de lazer eram quase sempre com uma bola, um skate, um taco… na rua.

Acontece que, felizmente, esporte vai muito além do esforço físico e fôlego. Esporte exige ação, estratégia, comunicação, resistência, trabalho em equipe, entre outras habilidades. Assim é o vídeo game que meu filho joga, assim é o eSports, uma modalidade que já tem mais de 11 milhões de entusiastas no Brasil. No total, são 66 milhões de brasileiros gamers, ou seja, que têm o hábito de ligar o vídeo game ou o computador, seja por lazer ou trabalho.

Confesso que me surpreendi e comecei a estudar o universo dos games para entender o que significam todas aquelas horas em frente ao computador. Mas o que me chamou atenção é que, embora tenha encontrado muitas iniciativas, como clubes, equipes, campeonatos, apoiadores e associações, percebi que este é um mundo à parte. Povoado por adolescentes, jovens e adultos que já tratam os games como algo além do lazer, mas que se veem perdidos quando o assunto é a profissionalização.

Percebi que o que está faltando é a base, a educação. Se “a brincadeira ficou séria”, como costumam dizer, é preciso estimular, desenvolver e aperfeiçoar desde cedo. A educação que cria conteúdo, compartilha conhecimento,  troca experiências, organiza e fomenta o desenvolvimento de uma nova categoria. Neste sentido estamos engatinhando. Apesar de sermos o 13º mercado do mundo* (dados newzoo) temos poucos estudos, regras, eventos que promovam o debate e até mesmo Leis que reconheçam os eSports como esporte.  Por exemplo, um jovem que quer saber as possibilidades de carreira nesta área, onde pode se informar? Que curso irá frequentar? Um adolescente que vai disputar um campeonato, como deve se preparar e se alimentar? Que tipo de profissional está capacitado para instruí-lo? Em qual momento do dia deve treinar? Como vai conciliar a escola e a rotina dos games? Onde serão os eventos? Quem são os produtores?

Para cada pergunta sem resposta, enxergo uma oportunidade para valorizar essa categoria de forma genuína e com propósito. Miro exemplos como a Staffordshire University Business School, na Inglaterra, que investiu £ 40 milhões (libras) e se tornou a primeira universidade britânica a lançar uma graduação de eSports. O curso baseia-se no negócio e na cultura gamer para o desenvolvimento de equipes, comunidades e fãs, além de ser um local para eventos do setor.

Os alunos terão aulas de gerenciamento de eventos, marketing digital, ensinamento sobre Leis e até técnicas de transmissão, entre outros. Isso garantirá que, ao saírem da universidade, eles tenham todas as habilidades para uma carreira neste mercado. Além da Inglaterra, outros países também já reconheceram eSports como parte do curriculum, entre eles, Coréia do Sul,  Malásia e Noruega.

E no Brasil, o que vamos fazer para  fomentar o eSports? Acredito que, se você quer mudar o mundo, deve começar pelo seu bairro. E assim,  como pai que vê o filho apaixonado, com o fôlego de um adolescente e a experiência de mais de 20 anos em marketing e comunicação, decidi usar a minha base e formação para ajudar no desenvolvimento deste mercado no País. A pauta é extensa, mas felizmente temos espaço para conversar, debater, estudar e acima de tudo, aproveitar para fazer diferente. Este é um momento fantástico e temos a oportunidade para desenvolver uma categoria de forma sustentável para inspirar todas as gerações. Avante!

*Rodrigo Rivellino é presidente e idealizador da Live Arena, espaço dedicado aos eSports em São Paulo, além de presidente aktuellmix

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