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IRCE traz boas reflexões para o varejo brasileiro
O maior evento de e-commerce do mundo aconteceu em junho em Chicago, nos Estados Unidos, e gerou boas reflexões para a aplicação no varejo brasileiro
IRCE traz boas reflexões para o varejo brasileiro
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BuscarO maior evento de e-commerce do mundo aconteceu em junho em Chicago, nos Estados Unidos, e gerou boas reflexões para a aplicação no varejo brasileiro
18 de julho de 2016 - 9h30
Por Patrick Scripilliti*
O maior evento de e-commerce do mundo, o Internet Retailer Conference + Exhibition (IRCE), aconteceu em junho em Chicago, nos Estados Unidos, e gerou boas reflexões para a aplicação no varejo brasileiro. Dentre eles, destaco a automação de marketing e mobile e aplicativos.
O profissional de Marketing que não se atualizou e não tem conhecimento de softwares para automatização de processos e controle de métricas provavelmente não existirá nos próximos dez anos. Muitas palestras do IRCE foram realizadas por agências ou ferramentas em parceria com varejistas para aproximar o discurso de venda com a realidade da operação e os resultados obtidos.
Há cerca de cinco anos tivemos um boom chamado BIG DATA, que propiciou o desenvolvimento de ferramentas de automação com a utilização de grandes quantidades de informações de comportamento e histórico de compras dos clientes. E como estamos hoje? Avançamos muito na tecnologia e empresas foram criadas ou adaptaram seus produtos para acompanhar este momento tecnológico.
O que antes demandava quatro funcionários para enviar e-mail marketing por cluster diariamente, agora é preciso apenas uma pessoa multidisciplinar utilizando uma boa ferramenta de Cloud Marketing. A famosa nuvem (cloud) também veio nesse tempo e mudou muita coisa, pois deixou os softwares mais leves e mais facilmente integrados. Não se faz mais software hoje sem uma camada de integração por APIs. A dependência da linguagem acabou (ou deveria ter acabado) e hoje é possível gerenciar três ou quatro fornecedores de ferramentas de otimização com uma ou duas pessoas.
O mais interessante disso tudo é a democratização desses processos automatizados. Temos vários softwares com preços competitivos e muitos com ganho sobre performance. Temos empresas brasileiras fazendo sucesso e internacionalizando suas ferramentas para a América Latina e até mesmo para o mundo. Nas palestras, isso ficou claro, pois vi diversos clientes pequenos e médios com soluções automatizadas muito eficientes e com preço acessível.
Destaque para Gabrielle Gallo, do The Sak Brand Group, que iniciou sua empresa há quatro anos com duas pessoas (ela era uma delas). Ela destacou a capacidade de gerenciar empresas terceirizadas especialistas em cada área com soluções relacionadas a produtividade e automatização de processos. Falou sobre investimento em experiência, personalizada quando possível, e em métricas, no que gasta boa parte de seu tempo, gerando planos de ação para melhoria das vendas e da margem. E seus números de crescimento reafirmam seu discurso: em 2015, cresceu 70% em relação a 2014 e neste semestre, já ampliou as receitas em 62%!
Dentre os termos mais citados no evento, Mobile foi o preferido entre os palestrantes. No Brasil, estamos vendo o crescimento muito grande de acesso de dispositivos móveis e a venda, em alguns poucos casos, dando sinal de vida. No mercado norte-americano, o acesso é muito alto e a venda por dispositivos móveis já é relevante em diversos varejistas online. Além disso, muitos estão utilizando aplicativos estrategicamente para se comunicar pessoalmente e trazer o cliente para a loja física no momento correto.
A experiência do usuário (UX) e arquitetura da informação (AI) foram muito citadas como fundamental para alcançar objetivos corretos. Menos é mais em interfaces e isso fica claro quando Lauren Freedman, do The E-tailing Group, cita cases como Sephora, Chico’s, Amazon, Home Depot, entre outros.
A identificação do cliente e a personalização são fatores cruciais para a boa performance no ambiente mobile. O poder disso é capaz de mudar as relações das marcas com seus clientes. Os aplicativos no Brasil estão começando a ser bem utilizados. Estamos na era dos downloads. As empresas brasileiras estão brigando para ter base de apps instalados. Enquanto nos EUA, as empresas estão na era da comunicação pessoal pelos Apps, onde o push notification em muitos casos vem substituindo o e-mail marketing na eficiência de comunicação e resultados com o cliente.
Com relação às plataformas utilizadas para venda dos aplicativos, foram apresentados dados de venda que afirmam que a Apple ainda é a maior, mas o Android vem crescendo em vendas e com números muito maiores de downloads diários. Esta é uma aposta que deve ser seguida pelos varejistas. Fecho minha reflexão com uma frase da palestra do John Yembrick, que é head de social media da Nasa: “We work to be relevant!!!”.
* CEO e Sócio da Original Media
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