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Larry Page no palco: um balanço sobre o 1º dia do Google I/O. Por Phillip Klien

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Larry Page no palco: um balanço sobre o 1º dia do Google I/O. Por Phillip Klien

Fundador da Predicta está na conferência para desenvolvedores do Google que acontece em São Francisco, nos EUA


17 de maio de 2013 - 12h21

Por Phillip Klien
Fundador da Predicta e VP do SiteApps

Larry Page, o tímido fundador do Google, apareceu diante dos seis mil participantes no primeiro dia do Google I/O 2013 (maior e mais importante evento do gigante da internet), em San Francisco (EUA), não para anunciar um novo serviço, mas, sim, responder as perguntas da plateia. Normalmente discreto demais, Page abriu o coração e respondeu todo tipo de questionamento. Confesso que me pegou de surpresa, pois num evento onde tudo é milimetricamente calculado, e a espontaneidade é evitada a qualquer custo (esse é meu terceiro Google I/O), o que Page fez foi um ato muito humano. Reconhecidamente visionário e inspirador, ele insistiu em repetir em seu discurso que hoje estamos usando apenas 1% do que realmente pode ser feito com tecnologia.

Apesar de ser focado para desenvolvedores, o Google I/O é usado como plataforma de anúncio de grandes novidades da empresa. O evento é concorridíssimo e os ingressos acabam em horas. Muitos vêm para ver de perto o que o líder da internet está pensando, enquanto outros vêm apenas pelos brindes – que são maravilhosos. Hardware e software são fornecidos gratuitamente aos participantes meses antes de estarem disponíveis para venda. Não tem forma melhor para o nerd poder tirar onda e se orgulhar da exclusividade. Tinha um boato que o brinde desse ano seria os famosos óculos Glass. Mas, na verdade, foi um Chromebook (presente já dado em outra edição do evento).

De todos os anúncios do Google (que foram todas inovações incrementais e nenhuma realmente disruptiva), a coisa que mais me marcou foi como o Google+ é o cerne da nova experiência de usuários. Do anúncio de rankings nos jogos do Android pelo Google Play, até a busca no novo Google Maps – todas as informações são interligadas com o Social Graph da rede social do Google. Cada vez existem mais incentivos para usuários das ferramentas do Google adotarem o Google+.

Três empresas que devem estar tremendo com os anúncios de produtos e serviços desse primeiro dia são:
– Spotify (e seus concorrentes) com o Google Play "All Access"
– WhatsApp com o novo feature "Hangouts" (diferente do Hangout que já existe hoje)
– Waze com o novo "Google Maps"

Mas o Google está bastante humano. Grandes anúncios das revoluções de tecnologia foram focados em benefícios pra o cliente final e não para o desenvolvedor. Eu, por exemplo, me empolguei muito com a nova tecnologia de fotos oferecida no Google+, que usa todo o poder de algoritmo do Google para automaticamente melhorar qualquer foto. Ou seja, não foi um anúncio de algum serviço ou API nova que melhora a velocidade dos cálculos para o desenvolvedor, mas, sim, o resultado final. O Google Maps também ficou mais humano com a nova interface de "Explore" – que mostra para o usuário sugestões do que fazer de dentro do mapa. E a busca não poderia ficar de fora. A demonstração do avanço na busca foi feito num celular Android, tendo a apresentadora literalmente conversando com o telefone para buscar informação. Os suspiros da audiência nesta apresentação vieram quando ela continuou sua busca de um determinado assunto (no caso, era uma viagem para Santa Clara) e passou a usar pronomes (algo como "lá") e o Google sabia que se tratava de uma continuação das buscas prévias.

Mas verdade seja dita. Nem tudo é perfeito mesmo em um evento desse tamanho e dessa importância. As demonstrações são, em sua maioria, ao vivo, com os softwares funcionando. E uma grande frustração para os nerds que querem tirar onda de suas presenças no Google I/O tuitando, dando like e +1, é o wireless que não funciona. Mas, claro, estamos apenas em 1% de tudo que pode ser feito com tecnologia.

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