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O ano, a década ou a era do mobile?
Há inúmeras oportunidades para as marcas fazerem parte da indústria mobile, ecossistema que está em pleno crescimento
Há inúmeras oportunidades para as marcas fazerem parte da indústria mobile, ecossistema que está em pleno crescimento
31 de agosto de 2016 - 9h00
Por Alberto Pardo (*)
O managing director da Mobile Marketing Association (MMA), Fabiano Destri Lobo, foi certeiro ao afirmar que os números e oportunidades do mercado mobile mercado mostram que, mais do que o ano ou década do mobile, como anunciado há dez anos, estamos vivendo agora a era do mobile e o melhor ainda está por vir. O novo estudo Regional Insights da MMA comprova essa premissa com dados inspiradores para quem atua no segmento digital na América Latina.
O primeiro grande número que salta aos olhos é o rápido e expressivo crescimento da base de usuários de smartphones na região latino-americana. Em 2014, eram mais de 129 milhões de usuários, em 2015, 162 milhões, com a previsão de atingir 189 milhões de usuários neste ano e 270 milhões em 2020. No Brasil, a expectativa é chegar a 64 milhões, este ano, e a 90 milhões em 2019. Os dados representam um salto na participação de penetração dos usuários de smartphones de 55,5% no Brasil, no ano de 2015, para 72,8%, em 2019.
Por um lado, os usuários não conectados se tornaram exceção, e não a regra. Por outro, o aumento da contribuição do ecossistema mobile ao PIB da região latino-americana deve passar de US$ 242 bilhões, em 2013, para US$ 275 bilhões em 2020, o que representa um crescimento de 4,5%.
Um olhar mais específico sobre os investimentos em publicidade mobile mostra uma perspectiva ainda mais otimista. Em 2014, o montante direcionado para mobile advertising no Brasil foi de US$ 270 milhões e a previsão é de que, em 2019, o valor seja de US$ 3,75 bilhões. Na América Latina, no mesmo período, os investimentos vão de US$ 620 milhões para US$ 7,92 bilhões.
É interessante observar o quanto o mobile commerce deve finalmente ganhar espaço, passando de 9,7% em 2015 para 36,8% de participação em 2020. Em 2015, o Brasil atingiu seu recorde em vendas via dispositivos móveis, com um aumento de 12,5% em faturamento. O estudo ainda mostra a importância da compreensão do comportamento cross-device do consumidor. Os usuários de smartphones, por exemplo, utilizam seus aparelhos dentro de lojas físicas para tirar fotos de produtos, comparar preços e buscar mais informações sobres os itens. Ou seja, mobile se torna cada vez mais fundamental na decisão de compra.
Os dados acima comprovam as inúmeras oportunidades para a indústria mobile e, principalmente, para as marcas fazerem parte deste ecossistema que está em pleno crescimento, atingindo seus consumidores de forma estratégica.
Destaco abaixo algumas das principais conclusões do Regional Insights da MMA:
(*) Alberto Pardo é CEO e fundador da Adsmovil
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