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Tempos de crise? Pessoas, pessoas, pessoas!
Nos próximos 20 anos, o maior diferencial estratégico será o fator humano
Nos próximos 20 anos, o maior diferencial estratégico será o fator humano
13 de junho de 2016 - 17h16
Na maioria das empresas, o discurso do momento é praticamente um mantra: “enxugar”, “ser criativo”, “fazer mais com menos” e “estar sempre aberto a mudanças”. David Patterson, CEO da Northwater Capital, afirmou que, nos últimos 20 anos, a maior diferença entre as empresas com muito sucesso e as sem sucesso algum tem sido o uso estratégico da tecnologia, mas, com a ressalva de que, nos próximos 20 anos, o maior diferencial estratégico será o fator humano.
Com tantos números na tela e foco no desafiador fluxo de caixa, qual executivo consegue dar atenção ao fator humano? Basta conectar uma coisa à outra para perceber que desenvolver líderes capazes de inovar sob pressão, trocar informações de forma eficaz e promover um ambiente de trabalho positivo e direcionado a metas pode, e muito, contribuir para o crescimento da empresa.
O clima negativo e de incertezas políticas e econômicas escorre pelas corporações. Quem não conhece um amigo ou parente demitido nos últimos meses? Quem nunca pensou que pode ser o próximo? Os bons líderes precisam inspirar e engajar as pessoas que irão enfrentar, junto com eles, este momento de turbulência. Como conseguir isso? Com uma comunicação interna clara, direcionada e envolvente.
Aprendo muito com meus clientes de endomarketing e vejo como esse serviço faz toda a diferença. Valorizo a forma como contribuímos para a gigante Leroy Merlin, disseminando e fortalecendo, dia a dia, sua cultura corporativa para que, ao estilo Darwin, essa cultura seja tão forte que possa dizer se um profissional merece ou não fazer parte dela e o estimule a ser melhor a cada dia. Valorizo as ações de informação frequente e disseminação da alegria dentro da cliente Alpargatas. Vibro com o projeto em que conseguimos tornar tangível a cultura do Paciente no Centro com uma comunicação visual que espalhou histórias reais em visual aquarela pela sede da moderna Roche. E admiro demais o perfil inovador que transborda na Dow Brasil, que um dia nos desafiou a substituir seus canais impressos por algo mais ágil e barato. Pronto: uma rádio corporativa digital deu tão certo que agora será replicada em toda a América Latina. Ser inovador requer fornecedores igualmente criativos e muita, muita parceria.
Exemplos de gigantes, mas o pensamento serve a qualquer tamanho de empresa. Deixe claras as suas metas e evidencie o que cada um deve fazer para atingi-las; recompense quem se destacar e quem contribuir com inovação incremental ou disruptiva, seja economizando, buscando receita ou criando uma nova oferta. Faça encontros periódicos para atualizar sua equipe sobre números e compartilhar boas práticas da equipe, instale um clima positivo e desafiador, que engaje e estimule todos a estar na mesma página, remando o mesmo barco e na mesma direção.
Vivemos tempos de insegurança. O cenário está longe de ser tranquilo e favorável, mas, uma coisa é fato: quem investir em projetos de endomarketing criativos, integrados e realmente focados nos valores corporativos e na valorização do capital humano, sairá na frente e, com certeza, conseguirá transformar desafios em oportunidades.
(*) Daniela Graicar é CEO da agência Pros
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