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Você se lembra como era o mercado há 10 anos?
Não havia Facebook, nem Twitter. Mas tínhamos LinkedIn, Orkut e Fotolog
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27 de abril de 2016 - 10h54
Há exatos dez anos este mês, eu e os sócios da AgênciaClick lançávamos a MídiaClick, primeira agência de marketing de performance do Brasil (o vídeo de lançamento ainda está disponível no YouTube, caso você tenha curiosidade. De lá pra cá, muita coisa mudou: a Click virou Dentsu, a MídiaClick virou iProspect e hoje em dia, quase todas as agências tem um departamento de BI e falam sobre KPIs. Mas tudo começou com a MídiaClick.
Em 2006, o Goole comemorou seu primeiro ano de Brasil. Sim, até 2005, a única maneira de se comprar campanhas de links patrocinados era com um cartão de crédito internacional, pois não havia Google Brasil, com CNPJ e coisa e tal. Confesso que ganhei muitas milhas graças a esta situacão, já que minha empresa trabalhava para diversas agências do mercado.
Não havia Facebook, nem Twitter. Mas tínhamos LinkedIn, Orkut e Fotolog.
Os portais ainda eram a audiência dominante do mercado. Era um mundo bem diferente do de hoje, sem a tal da social media.
Já existia, claro, a discussão de qual o tamanho do mercado de mídia digital. A discussão vigente era como lidar com a taxa de interconexão das operadoras de telefonia e se e-commerce entraria na conta. A AMI, para lidar com estas dúvidas, criou uma cartilha com as normas. O material foi apelidado de Cartilha Fiorentini, em homenagem ao autor – o Bruno Fiorentini, na época presidente do Yahoo. Hoje, o principal desafio do mercado é quanto se investe em mídia programática.
O full banner (468X60 pixels) era o formato dominante, junto com o pop-up, que ressuscitou com força total nos últimos anos, é verdade.
Em abril de 2006, o IAB ainda não havia chegado ao Brasil. Eu estava no meu segundo mandato à frente da AMI (Associação de Mídia Interativa), quando fui pessoalmente a New York negociar o licenciamento da marca. Inclusive, houve uma tentativa de golpe, liderado por algumas figuras que ainda estão no mercado. Eles queriam tomar a entidade de assalto, valendo-se de brechas no estatuto vigente. Mas, graças a esse ataque, as principais agências e veículos se uniram e o IAB cresceu e se fortaleceu.
Não teve golpe!
2006 diziam que seria o ano do mobile marketing, mantra que vem sendo repetido anualmente desde sempre.
Por fim, nesta época, ainda não existia ProXXIma, que surgiu apenas em 2007 com o nome de Meio Digital e era uma revista impressa.
O mundo digital move-se muito rápido e o mercado tem memória fraca. Nunca é demais lembrar-se de como chegamos até aqui.
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