Como o iBeacon poderá mudar as experiências de compra

7 de fevereiro de 2014 - 10h46

Além de ser uma das lojas mais bonitas, a Apple Store de Grand Central, em Nova York, é um lugar onde o consumidor pode fazer uma compra sem ajuda do vendedor. E sem passar pelo caixa.

O iBeacon, tecnologia que mapeia a localização por meio de Bluetooth, é responsável por essa experiência. O produto está chegando a diversas lojas e vem sendo utilizado por parceiros como a NFL.

Lançada no ano passado durante a World World Developer Conference, a ferramenta promete transformar a maneira como os portadores de iPhones interagem em lojas, parques, museus e outros lugares. Entenda mais sobre o iBeacon:

Como funciona
O núcleo do iBeacon é um Bluetooth de baixa energia que permite comunicação entre dispositivos com duração de até dois dias. Os dispositivos iOS podem receber alertas do beacon, como “seu pacote já chegou”, “essa pintura que você está olhando é do Da Vinci” e “você pode comprar essa Apple TV”. Para receber essas informações, no entanto, é preciso instalar um app. Além disso, é necessário ativar notificações e localizações do dispositivo.

E a privacidade?
Algumas pessoas podem se assustar com uma tecnologia que rastreia telefones. Porém, fontes familiarizadas com o assunto afirmam que os iBeacons não coletam informações pessoais do aparelho, a não ser aquelas que o usuário deseja compartilhar. O objetivo é localizar o indivíduo e tentar ajuda-lo na compra. Mas os beacons não estão conectados à internet.

Bluetooth
A utilização do Bluetooth como tecnologia de localização é algo surpreendente, já que muitas pessoas veem o GPS como o líder das localizações e o NFC como algo próximo disso. No entanto, as limitações de ambos cederam espaço para o Bluetooth LE, que é o núcleo do iBeacon.

Com essa tecnologia, a Apple pode ter criado um jeito novo de pagar digitalmente, especialmente por ser um método de pagamento que é familiar para usuários de iOS. O Bluetooth LE foi adotado por 80% dos iPhone 4S e iOS 7, segundo o App Store analytics.

Segundo Rob Garf, vice presidente de indústria e estratégia na empresa digital Demandware, a adoção do iBeacon pelos consumidores só depende das vantagens que ele oferece. ”Consumidores vão aderir à tecnologia se houver conveniência, serviço e personalização”. Ele acrescenta que, embora a doção possa variar por segmento e geolocalização , a digitalização das vendas pode ser inevitável: “Com o tempo, grande parte do checkout será por meio de pontos de venda virtuais dentro da loja”.

Com informações do Mashable