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Cyber deve premiar super produções e inteligência artificial
Na categoria do Cannes Lions que avalia criatividade na mídia online, campanhas inscritas destacam conteúdo personalizado, big data e inteligência artificial
Cyber deve premiar super produções e inteligência artificial
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15 de junho de 2014 - 6h20
POR JOSÉ SAAD NETO, de Cannes
Foto: Eduardo Lopes
Categoria que já esteve na berlinda em 2012 e seguiu questionada em 2013, Cyber ganha força no Festival Internacional de Criatividade de Cannes sustentada por taxas crescentes de inscrições. Para esta edição, que acontece entre 15 e 21 de junho, foram 3.360, número 39% maior que o do ano passado. No mesmo ritmo, o Brasil manda 28% a mais de entradas na categoria: 182 ante 142 de 2013. A criação de três novas subcategorias – mídia social, branded games e branded technology – também amentou o interesse do mercado pela área.
E esse cenário positivo traz consigo novas tendências de uso da mídia online. Entre as campanhas, destaque para as que apostam na personalização de conteúdo e uso da emoção em tempo real. “Ideias boas com produções cada vez mais sofisticadas também permeiam boa parte dos cases”, avalia o jurado brasileiro na categoria, André Piva, CCO da Lov. Nessa linha, há cases já conhecidos como The Epic Split Feat da Volvo, com Jean Cloude Van Damme e a continuação do premiado social movie , The Power Inside, criado pela Pereira&O’Dell para Intel e Toshiba.
Outra tendência apontada por Piva é Big Data para criar campanhas com utilidade funcional. Ele cita o case Achoo, para Kleenex, que usa dados como migração de aves e conversas sociais para prever onde serão os próximos focos de resfriado e gripe e, desta forma, ajudar milhares de mães a se prevenir.
Por fim, o jurado brasileiro também destaca uso de inteligência artificial, business intelligence e tracking contra grandes males socio-digitais. “É quase a internet versus a internet”, analisa. Como maior exemplo, o já consagrado case Sweetie, da organização holandesa Terre des Hommes, que criou uma menina filipina de 10 anos – quase real – e a usou para prender pedófilos no mundo todo.
Brasil em Cyber
Nos últimos anos, o desempenho do Brasil na categoria Cyber tem sido tímido. Para Piva, isso se deve a uma reinvenção da categoria e da própria utilização da mídia online de forma criativa. Ele afirma que, nesta edição, há bons cases brasileiros, mas alerta que, com as mudanças recentes das subcategorias, algumas boas campanhas acabaram inscritas em lugares ruins. “Tentei ajudar algumas agências. Mesmo assim, no próximo ano, creio que dá pra melhorar. O que pode ajudar bastante na performance do País”, completa.
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