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E-commerce 2016: consumidor quer mais do que frete grátis e promoções

Para manter o crescimento em 2016, os players do setor precisarão otimizar sua atuação com melhorias na logística, novos benefícios para os consumidores e investimentos em trade marketing


16 de dezembro de 2015 - 5h27

(*) Por Robson Del Fiol

 

O e-commerce brasileiro deve crescer 15% em 2015, totalizando R$ 40 bilhões vendidos, mesmo diante da retração econômica, de acordo com dados da e-bit. No entanto, para manter o crescimento em 2016, os players do setor precisarão otimizar sua atuação com melhorias na logística, novos benefícios para os consumidores e investimentos em trade marketing.

 

No ano que vem, deve continuar o cenário de incertezas econômicas, o que cria dificuldades para a expansão dos e-commerces e exige maior valor agregado e a prestação de serviços diferenciados para ganhar destaque. Frete grátis e promoções já não serão suficientes.

 

Garantia estendida, instalação e configuração grátis, milhas extras nas compras, assim como facilidades de pagamento com cartões private label ajudam a conquistar a preferência do consumidor. Mas, são apenas exemplos e o caminho para crescer está aberto a inovações.

 

Hoje, o Brasil é o 21º país no ranking global de vendas online – avaliado por montante total movimentado. Mas, a participação do e-commerce no varejo brasileiro ainda é pequena, com apenas 3% de seu faturamento, contra quase 8% dos principais centros globais. São dois anos de atraso em relação ao desempenho dos Estados Unidos e Europa. Isso significa que, nos próximos anos, o número de brasileiros que compram pela internet deve aumentar. Por outro lado, a tendência é que o ticket médio diminua em vistas do orçamento reduzido das famílias brasileiras.

 

Esse contexto pede que os e-commerces otimizem seu desempenho em diversas áreas. É indispensável uma melhor integração em toda a cadeia de valor, como o cross docking, em que varejos virtuais compraram transportadoras ou fizeram parcerias para enviar os produtos ao consumidor direto dos centros de distribuição dos fabricantes.

 

Outro ponto importante é a prática do trade marketing, inserção de publicidade nos sites de venda. A renda ganha pode ajudar a diminuir os custos de operação e essa troca de espaços de propaganda entre e-commerces de setores diferentes permite aumentar o mix de produtos oferecidos.

 

Finalmente, há se pesar ocasiões sazonais para o comércio digital, como a Black Friday, que, pelo menos na internet, já igualou e até mesmo superou o Natal. As empresas devem se preparar para essas ocasiões, assim como explorar outras datas que oferecem oportunidades, como a subestimada Cyber Monday.

 

(*) Por Robson Del Fiol é CEO da ESV Digital
 

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