E-mail marketing: o futuro da caixa de entrada

20 de março de 2014 - 9h21

POR ISABELLA LESSA
ilessa@grupomm.com.br

Hoje, os anunciantes estão mirando na social media como forma de atingir sua audiência. Diferentes formatos, de comunicadores instantâneos e aplicativos a redes sociais, parecem ter eclipsado o e-mail, uma das mais maneiras mais antigas de se comunicar na internet. Porém, em diversas ocasiões, o e-mail permanece como um meio básico nas estratégias das empresas e no dia a dia dos consumidores. A Return Path, empresa especializada em Email Intelligence, tem trabalhado para que o correio eletrônico não se torne obsoleto por meio da análise de uma grande quantidade de dados. Louis Bucciarelli, country manager da empresa, revela à ProXXIma tendências para a utilização do e-mail para negócios e para o uso pessoal.

1. As principais tendências para o e-mail corporativo
Durante palestra realizada por Matt Blumberg, fundador e CEO da Return Path, intitulada “O Futuro da Caixa de Entrada”, no evento Connections LATAM 2014, foram relatadas diversas tendências e adoção de ferramentas para automatizar a caixa de entrada. Profissionais e empresas podem utilizar transformar a caixa de entrada em:

– Assistentes pessoais, com apps que adicionam mapa, perfil de participante e anexos aos convites de reunião, agendam envio de mensagens e fazem check-in do voo.
– Gerenciadores de contatos, que integram dados de redes sociais e registram lembretes para avisar quando fazer follow-up de alguns contatos;
– Soluções de CRM, que gerenciam pipeline de negócios e distribuem atividades para equipes a partir do histórico de e-mails;
– Suporte a clientes, respondem tickets via e-mail

2. O que mudará para o consumidor
Consumidores têm à sua disposição inúmeras ferramentas para ajudar a monitorar compras e gastos online, bem como alertar quando preços são reduzidos. Podem usar aplicações para organizar mensagens (similar à que o Gmail promoveu recentemente, com organização da caixa de entrada em abas), descadastramento de um programa de e-mail, controle do recebimento de e-mail de determinado destinatário, entre outros. O consumidor escolhe o quê, quando, como e de quem deseja receber e-mails. A experiência ficará cada vez mais fácil e inteligente. Por outro lado, os profissionais que trabalham com e-mail marketing devem levar em conta tais mudanças, para que seus programas de e-mail continuem gerando resultados para o negócio.

3. A ascensão de comunicadores instantâneos X uso dos e-mails pessoais
Acreditamos que os comunicadores instantâneos, em alguns casos, podem substituir os e-mails pessoais, até posso falar por experiência própria, uma vez que os utilizo para falar com familiares e amigos. Mas, para toda comunicação profissional, o e-mail tem um caráter de formalizar assuntos, algo difícil de substituir. O e-mail é um complemento ao comunicador instantâneo, que muitas vezes depende de um endereço de e-mail para autenticar o usuário. Por isso, acreditamos que os e-mails ainda terão bastante importância para o relacionamento entre empresas e consumidores. Os comunicadores instantâneos são complementos, não substitutos.

4. Os próximos passos para o e-mail marketing?
Essas inovações indicam que o uso do e-mail deve crescer continuamente. Recomendamos que os profissionais fiquem atentos a três pontos para se beneficiarem diante dessas mudanças:
– Conhecer seus concorrentes reais: na caixa de entrada você disputa espaço com tudo, não só com seus concorrentes diretos. Existem ferramentas para checar qual porcentagem da sua lista é compartilhada com outras empresas, que ajudam a traçar estratégias para conquistar a atenção de seu público alvo.
– Conhecer seu cliente: não basta apenas trabalhar para que sua mensagem chegue na caixa de entrada, ela precisa despertar o interesse e engajar seu cliente. Para isso, verifique sempre as taxas de leitura e outras métricas de engajamento de outras empresas que enviam e-mails para seus clientes.
– Proteger sua reputação: é essencial saber autenticar corretamente seus e-mails para poder bloquear mensagens suspeitas, evitando que mensagens de phishing cheguem a seus clientes e usem sua marca de forma indevida.

5. Privacidade do usuário
Algumas ferramentas ajudam a manter a privacidade do usuário, como programar a exclusão automática de-mails lidos e bloquear a cópia por meio de screenshot. Também há maneiras de criptografar o conteúdo.

6. E-mail marketing no Brasil
Observamos que cada vez mais empresas no Brasil aderem às boas práticas de envio de e-mail marketing, respeitando as preferências dos assinantes e utilizando métricas para avaliar e aprimorar campanhas.
Por outro lado, o Brasil também é um dos países com maior incidência de e-mails de phishing, segundo pesquisas realizadas por instituições de segurança. É muito importante que profissionais responsáveis por programas de e-mail conheçam as tecnologias disponíveis para proteger seus usuários contra esse tipo de mensagem, uma vez que estarão preservando a reputação de suas marcas.