Notícias
Marcas, agências e startups investem em streaming e conteúdo on-demand
Para atrair ainda mais público e gerar negócios, a indústria do entretenimento ganhou reforço das marcas nas transmissões digitais
Marcas, agências e startups investem em streaming e conteúdo on-demand
BuscarMarcas, agências e startups investem em streaming e conteúdo on-demand
BuscarPara atrair ainda mais público e gerar negócios, a indústria do entretenimento ganhou reforço das marcas nas transmissões digitais
7 de outubro de 2013 - 7h31
Por ARTHUR QUEZADA
aquezada@grupomm.com.br
A conexão entre artistas musicais e seus fãs sempre foi uma excelente maneira para as marcas se comunicarem com potenciais consumidores. Entretanto, no mundo off-line, esse tipo de estratégia muitas vezes colocava as marcas numa posição de coadjuvante na comunicação. Mas o ambiente digital definitivamente abriu novas portas para as marcas que querem investir no setor musical.
A SKY, por exemplo,já há alguns anos vem investindo pesado no ambiente off-line em patrocínios a shows. Mas foi nas transmissões via streaming e nas plataformas online que a empresa diz ter encontrado um caminho de certeiro para se comunicar com os consumidores. De acordo com Marcelo Miranda, diretor de marketing da companhia, o investimento em parcerias com artistas e na produção de conteúdo online para propagar suas mensagens já se tornaram prioridade. A empresa conta com uma plataforma exclusiva para transmissões digitais, a Sky Live, e, segundo Miranda, serão mais de 200 shows patrocinados ao longo deste ano pelo canal online.
“As transmissões ao vivo ajudam a gente a reforçar o posicionamento da marca. Nossa estratégia é levar sempre um conteúdo exclusivo para os usuários”, comenta Miranda. Além disso, a SKY, tanto online quanto off-line, investe em parcerias com artistas para anunciar em mídia e colocar em prática ações de live marketing – que quase sempre resultam em shows com transmissões online.
A marca já trabalhou este ano com Claudia Leite, Jota Quest, Maria Gadú, Margareth Menezes, Pet Shop Boys, Alceu Valença, Hanson, dentre outros. “Nós não queremos apenas ser um patrocinador, queremos ser papel principal do evento junto ao artista, só assim a marca consegue criar uma sinergia com o público. Não é apenas uma transmissão, é um show da SKY”, avalia.
De coadjuvante à protagonista
Nesta linha de pensamento, Gustavo Marques, CEO da Livebiz, empresa responsável pelas transmissões digitais ao vivo da SKY, avalia que as empresas estão se deparando com uma oportunidade fantástica para promover a marca de uma maneira “cool”. “A forma de se consumir música mudou drasticamente na ultima década, e isso resultou na maneira com que as marcas enxergavam os patrocínios a esse mercado. Hoje, o online é predominante e vemos projetos proprietários para as marcas que fogem das campanhas de mídia tradicionais”, explica.
Em um dos trabalhos da Livebiz realizado este ano, com a SKY, a empresa elaborou um show exclusivo coma cantora Claudia Leite – para cerca de 100 pessoas. Entretanto, a transmissão do evento foi feita ao vivo pela plataforma online da marca, e com isso, a estratégia conseguiu impactar 32 mil pessoas, ao redor do globo. “O vídeo já é o conteúdo de maior relevância na internet, a música está presente em todas as plataformas. A marca que não se atentar a isso corre risco de não se fazer presente. O caminho é a exclusividade”, finaliza.
Conteúdo on-demand
Nos hábitos de consumo dos internautas, praticidade é vista como um fator chave para se obter o sucesso. Nas transmissões de conteúdo via streaming, a dinâmica é a mesma, e como isso, a entrega de produções no tempo escolhido pelo consumidor passou a ser uma arma importante na busca de visualizações.
Novos olhares
O mercado brasileiro é, em muitos aspectos, a bola da vez para quem está produzindo ou gerando conteúdo digital. No ramo de transmissões de shows via streaming, os consumidores brasileiros se destacam por dois fatores: número de acessos, que é altíssimo por sinal; e tempo médio de visualização. Estes aspectos atraíram novos olhares de players do mercado internacional. É o caso da Vevo, um gigante na transmissão de vídeos, que chegou ao Brasil em 2012, e já projeta muitos investimentos no País. Todo conteúdo da Vevo é hospedado em seu site oficial e também no Youtube, e as transmissões são feitas por estes dois canais.
Desde o ano passado, a empresa participa do Camarote Salvador, na Bahia, onde transmitiu alguns shows – como o do rapper Pitbull, no palco patrocinado pela Axe. Com essa transmissão, a empresa percebeu que faria sucesso entre os brasileiros, já que foram mais de cinco milhões de visualizações na internet. Porém, a companhia vai muito além da transmissão do evento. A Vevo faz um trabalho direcionado para as marcas e artistas, cuidando da produção do show; edição do material; mídia de divulgação; e conteúdo on-demand posterior ao live.
Palco Digital
Duas cabeças pensam melhor do que uma, certo? Imagine cinco então. Essa foi a premissa do início da história do ClapMe, uma startup criada por cinco sócios (Cauê Castellani, Celso Augusto Forster, Diego Yamaguti, Felipe Imperio e Filipe Callil), voltada para a transmissão online de conteúdo musical.
Na prática, os cinco criaram uma plataforma, na qual artistas independentes, ou menos conhecidos, pudessem se comunicar com o publico e divulgar o seus trabalhos. O canal possibilita uma série de funcionalidades que promovem o trabalho de mais de 1000 artistas cadastrados. O portal, criado em abril deste ano, já possui aproximadamente 100 parceiros e realiza mais de 200 transmissões por semana.
Segundo Forster, a plataforma surgiu da ideia de criar um espaço para que os artistas independentes conseguissem rentabilizar, ou ao menos divulgar os seus trabalhos. “Na prática, é um palco virtual. A plataforma oferece uma série de opções para as pessoas que querem, de alguma forma, mostrar que são capazes de criar boas coisas, mesmo que não sejam comerciais”, explica.
Com o sucesso instantâneo, os sócios da ClapMe já começam a planejar estratégias com marcas e parceiros para otimizar a plataforma.
Veja também
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Especialistas analisam a possibilidade de comprar espaços publicitários de forma automatizada no rádio tradicional e quais são as vantagens disso
Como a tecnologia pode impactar pequenos negócios
Por meio de aplicativos para celular, startups oferecem soluções para unir indústria, mercado varejista e consumidores