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Setor digital lança código de conduta para contratação de influenciadores

A transparência é o ponto central do "Código de Conduta para Agências Digitais na Contratação de Influenciadores". Sua premissa é deixar claro que existe uma relação comercial entre as partes para divulgar um posicionamento e uma marca.


3 de julho de 2017 - 12h20

A Associação Brasileira dos Agentes Digitais (ABRADi) lança hoje o “Código de Conduta para Agências Digitais na Contratação de Influenciadores”. O documento será apresentado oficialmente durante o “Prêmio Influenciadores Digitais 2017” e está disponível no site da ABRADi (www.abradi.com.br).

A iniciativa acompanha a grande transformação que os meios digitais têm provocado no setor de comunicação, no comércio eletrônico e no consumo de mídia digital pela população em geral. Segundo pesquisa recente do eMarketer, 45% dos consumidores em todo o mundo usam as redes sociais para orientar suas decisões de compra, e os influenciadores têm papel importante nesse processo.

Para Alexandre Gibotti, diretor executivo da ABRADi, “os influenciadores são hoje vozes poderosas que respeitamos e o endosso desses talentos para marcas e anunciantes precisa ganhar transparência – não pode ser uma ação publicitária camuflada. Se existe uma relação comercial entre a marca e o influenciador, isso preciso ficar explícito”.

Pesquisa recente da Snack Intelligence, divisão da rede Snack de canais no YouTube,  elaborou um ranking com os 100 YouTubers mais influentes do mundo, analisando dados de engajamento, visualizações, inscritos e frequência de publicações. Para se ter uma ideia da relevância que o tema tem hoje no Brasil, 24 dos 100 mais influentes YouTubers do mundo são  brasileiros, sendo que Whindersson Nunes está no 2º lugar, e Felipe Neto, no  3o .

A transparência é o ponto central do “Código de Conduta para Agências Digitais na Contratação de Influenciadores”. Sua premissa é deixar claro que existe uma relação comercial entre as partes para divulgar um posicionamento e uma marca. A realidade em outros países não é diferente da brasileira, explica Gibotti. “Existe uma zona nebulosa nas relações entre marcas, agências e influenciadores no mundo todo. Estudamos o tema e adotamos como benchmark os códigos de conduta da Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia. Fizemos adaptações ao nosso cenário e consultamos mais de 40 profissionais do setor, reforçando a credibilidade do documento. Ele pode ser considerado um guia de melhores práticas para o mercado. Acredito que conseguimos trazer um pouco de luz para essa questão.”

Para Bia Granja, CEO do YOUPIX, “a transparência nas relações beneficia todas as partes. Essa iniciativa da ABRADi é essencial para o desenvolvimento do mercado digital por meio de práticas positivas e não predatórias. Um documento como este formaliza o que deixará de ser aceitável a partir de agora”.

Bia esteve no recente evento internacional VidCon 2017 e, citando pesquisa realizada pela Ad Nausea, destaca que 66% dos jovens usa algum tipo de adblocker, e que o Facebook e YouTube são as redes onde mais se usam bloqueadores de anúncios. “As marcas estão percebendo que não podem prescindir de ações com influenciadores no ambiente digital, já que eles permitem acesso a comunidades que a mídia paga tradicional não atinge mais.”

A empresa YOUPIX, referência no mercado, é constantemente procurada por marcas, agências e influenciadores para ajudá-los em questões como as apresentadas nesse código. “Por isso, abraçamos a ideia de colaborar com a ABRADi, uma das instituições mais respeitadas na área. Essa iniciativa coloca o mercado brasileiro em outro patamar de profissionalismo”, conclui Bia.

“Foi um desafio enriquecedor criar esse código com a diretoria executiva da ABRADi, unificando as diversas vozes do setor digital e dos influenciadores. Nessa imersão notei que o contrato e os aspectos jurídicos são percebidos como trava quando, na verdade, asseguram a legitimidade da relação entre as partes. Trabalhamos para trazer equilíbrio às recomendações propostas pelo código da ABRADi, considerando o frisson das redes sociais e a dinâmica do setor digital”, declara Silvia Venna, sócia de Armani Venna Advogados e assessora jurídica da ABRADi para o tema.

Na visão de Marcelo Sousa, diretor executivo da Marketdata, presidente da ABRADi e um dos idealizadores do código, “o que torna este trabalho tão importante não é somente seu pioneirismo, mas sobretudo sua capacidade de sintetizar em um documento simples a opinião – e as angústias – das principais empresas e entidades de comunicação do país”.

O trabalho contou com a colaboração efetiva de 45 profissionais de agências digitais, de publicidade, de relações públicas, agentes de influenciadores, veículos de comunicação e influenciadores, bem como as entidades do setor como ABAP, Fenapro, APP Brasil, Abemd, IAB Brasil e Abracom. O documento está disponível para download gratuito em www.abradi.com.br, e será atualizado anualmente pela ABRADi sempre com consulta ao mercado.

Veja o código aqui.

 

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