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Sobre negócios e impressoras 3d

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Sobre negócios e impressoras 3d

Num aspecto prático, nada nos impede, hoje, de fazer um download rápido e imprimir aquela lanterna do carro que quebrou semana passada, sem pagar nada a ninguém


7 de outubro de 2015 - 8h48

Por Denis Chamas*

Anos atrás, diversos movimentos liderados pelos órgãos americanos buscavam extinguir o polêmico Pirate Bay, site líder na difusão de torrents pela web. No meio de toda briga, uma afirmação peculiar foi feita pelos suecos que tocavam o site: a pirataria online, em pouco tempo, não seria mais sobre música ou filmes e sim objetos tangíveis, produzidos por impressoras 3d.

 

Na época, boa parte das pessoas não levou muito à sério o discurso, mas agora, passados três anos, é impossível ignorar os fatos. Eles estavam certos.

 

O cenário é, no mínimo, interessante. Apps para você achar a impressora 3d mais próxima e imprimir seu projeto. Sites que fazem esse trabalho e te entregam em casa por um preço razoável. Milhares de modelos prontos disponíveis para download em todo tipo de página da web. Impressoras à venda em suaves prestações em território nacional e a capacidade de imprimir em praticamente qualquer tipo de material.

 

Num aspecto prático, nada nos impede, hoje, de fazer um download rápido e imprimir aquela lanterna do carro que quebrou semana passada, sem pagar nada a ninguém. Esse exemplo não é meu, vi num desses programas da TV paga, daqueles que fazem restauração em carros clássicos. Outros exemplos pitorescos: impressão de roupas, vasos delicados de vidro, armas, próteses, casas e até comida. Tudo isso já é realidade.

 

Sabendo que a modelagem destes objetos exige estudo, mas não é nada de outro mundo, já parece claro que um novo round de mudanças nos modelos de negócio vem aí. Da indústria de autopeças aos sopradores de vidro em Murano, todos serão impactados.

 

Sempre vai haver uma ala de pessoas relutantes e contrárias. São as mesmas que patrocinam a caça aos usuários que baixam MP3 e filmes via torrent, ou até contra quem requisite um carro executivo via aplicativo. Em vez disso, deveriam gastar energia na criação de serviços como Spotify e Netflix e Uber.

 

A oportunidade de abraçar essa nova tecnologia está aberta para todos. Considerando o exemplo acima, tem muito mais chances de dar certo. A tarefa pode ser árdua no começo, porém vai acelerar a colaboração e inovação dentro das organizações e trazer produtos finais melhores, ainda que, talvez, diferentes dos que são entregues hoje. Frutos de uma parceria muito mais próxima e conectada com seus clientes que o modelo atual.

*Denis Chamas trabalha na área de Digital Marketing Services na Unilever

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