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youPIX Biz traz insights sobre comportamento do jovem no digital
Direcionado a marcas e anunciantes, dia dedicado a negócios trouxe dados e jovens profissionais que mostraram caminhos para atingir a geração Y
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19 de julho de 2014 - 12h14
POR ISABELLA LESSA
ilessa@grupomm.com.br
Como conversar com o jovem no meio digital? Foi em busca dessa resposta que agências e anunciantes se reuniram no primeiro dia de youPIX, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, na quinta-feira, 17. Foi a primeira vez que uma Business Edition precedeu os dois dias de festival abertos para o público e ofereceu, para convidados, uma série de palestras e debates sobre internet, cultura e tendências que cercam os millenials no digital.
Já na abertura, Laure Castelnau, diretora executiva da Conecta, e Juliana Sawaia, diretora da área de learning e insights do Ibope Media, deram respostas a muitas perguntas dos participantes com a segunda edição do youPIX Tank, levantamento realizado pelas duas empresas com jovens brasileiros sobre questões variadas. A pesquisa do Ibope entrevistou pessoas de 18 a 25 anos e constatou, por exemplo, que informação é o principal motivo de acesso a internet para 76% dos entrevistados, sendo que entretenimento fica na segunda posição, motivo citado por 66% e, em um distante terceiro lugar (11%), a distração de tarefas habituais aparece como justificativa. No entanto, a internet ainda perde terreno para a TV, que ainda é a mídia mais consumida por 92% dos jovens, enquanto a web é utilizada por 85%.
Hábitos
O consumo de dois ou mais meios ao mesmo tempo é uma realidade para 61% desse público. O fenômeno chamado de “social TV”, o ato de assistir a alguma atração na televisão ao mesmo tempo em que se posta ou lê comentários nas redes sociais, é uma atividade com números expressivos em diversas capitais do País. Segundo o Ibope Media, 44% dos jovens (2,2 milhões) comentam em seus perfis durante a exibição de algum programa, e 63% (5 milhões) costumam ver TV e usar a internet simultaneamente. Em comparação, essas duas atividades são menos populares entre adultos, com 38% e 54%, respectivamente.
Quando conectados, grande parte dos jovens navega em redes sociais (93%) e mais da metade assiste ou baixa filme pela internet (66%).
O tablet ainda tem pouca penetração nos lares desses consumidores: apenas 17% têm um em casa. O contrário ocorre com os celulares, que estão nas mãos de 96% deles, sendo que 47% são smartphones. Quando o assunto é consumo, as marcas podem ter certeza de que estão conversando com trabalhadores. Enquanto 85% trabalham em tempo integral, outros 35% também conciliam os estudos com a vida profissional. No momento da compra, 58% prefere passar no crédito e, como compradores, eles buscam autenticidade, são individualistas e bem informados.
O Facebook pode estar investindo em e-commerce mas, por enquanto, essa tendência não pega entre os brasileiros, pois 68% deles preferem comprar fora da rede social, segundo dados da Conecta. Um ponto destacado por Laure é o fato de que 85% dos jovens têm disposição para atuarem como co-criadores e colaboradores das marcas. “Essa é uma grande oportunidade para as marcas que querem atingir esse público”, afirmou.
Conteúdo, humor e campanhas
Em um bate-papo que arrancou risadas da audiência, o mediador Pyr Marcondes, diretor geral da Plataforma ProXXIma, conversou com quatro personagens ativos na web sobre suas parcerias com marcas veteranas. Felipe Neto, criador do Parafernalha, foi categórico ao definir como deve ser a relação com agências e anunciantes no momento de combinar uma campanha: “A marca precisa ouvir o que o produtor de conteúdo diz. Quando não ouve, na maioria das vezes o case dá errado”.
PC Siqueira, autor do canal Max Poxa Vida, no YouTube e Cauê Moura, do Desce a Letra, concordam que para trabalhar com conteúdo na internet é preciso alinhar a linguagem do canal com o propósito da marca. Com seu blog, o Não Salvo, Cid afirma que ações com caráter mais pessoal funcionam melhor do que nos vídeos.
Ainda que façam muito sucesso entre adolescentes e jovens adultos, todos concordam que o entrave para o desenvolvimento de campanhas é a geração mais “antiga”, que ainda não tem coragem de arriscar na internet ao mesmo tempo em que não se importa em ver um comercial fracassar na TV aberta.
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