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Cresce número de mulheres CFOs no Brasil

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Women to Watch

Cresce número de mulheres CFOs no Brasil

No País, 18% das posições de liderança em finanças são ocupadas por mulheres, mas elas seguem sofrendo preconceito de gênero


26 de agosto de 2024 - 9h51

(Crédito: Shutterstock)

Segundo nova pesquisa, o percentual de mulheres em cargos de CFO no Brasil aumentou de 13% para 18% em 2024. Os dados também apontam que profissionais do sexo feminino são mais frequentemente promovidas internamente (53%) em comparação com os homens (37%). Trata-se da 4ª edição do estudo sobre o perfil dos CFOs no País e o desenvolvimento da agenda ESG na área de finanças, realizado pelo Insper em parceria com a Assetz, consultoria de recrutamento e seleção para posições de liderança em finanças.  

Sobre as práticas organizacionais voltadas à diversidade e inclusão, a dimensão de gênero é a mais fomentada na percepção dos CFOs, representando 71% das respostas. Entretanto, outras dimensões como classe social (7%), pessoas com deficiência (7%), idade/geração (7%), orientação sexual (5%) e raça/etnia (4%) têm uma presença significativamente menor. 

Apesar desse aumento, as mulheres ainda enfrentam algumas barreiras para ascender na área. Segundo o estudo, 39% dos CFOs atuam também como conselheiros (fiscal, consultivo ou de administração) em outras empresas, sendo que 41% dos homens e 29% das mulheres ocupam essa função adicional. De modo complementar, enquanto 18% dos CFOs são mulheres, o percentual de profissionais femininas em cargos logo abaixo do CFO é de 31%, quase equivalente à média de homens, 33%. 

Lacuna em diversidade e inclusão

Quando a pesquisa aprofunda em outros grupos sub-representados, os números decaem ainda mais. Apenas 14% dos líderes de finanças que compõem as equipes dos CFOs têm 50 anos ou mais. Já a representatividade de pessoas negras nessas posições é de 8%. Quando o recorte são as pessoas LGBTQIAP+, a porcentagem é de 2%. 

Além disso, 18% dos respondentes relataram já terem passado por algum tipo de preconceito ou discriminação no ambiente corporativo, e o gênero é a principal causa relatada: 47% indicaram ter sofrido algum episódio por serem mulheres.  

Logo abaixo, estão o preconceito pela nacionalidade ou região de origem (24%); pela idade ou geração (12%); por ser uma pessoa com deficiência (6%) e pela classe social (6%). Quando perguntados sobre terem presenciado alguma situação de preconceito, 48% destacam o gênero feminino como motivador, seguido pela orientação sexual (34%). 

Desafios e foco no ESG

Em 2024, o foco do levantamento foi a preocupação dos CFOs com práticas ligadas ao ESG dentro das empresas. 92% dos CFOs relataram a implementação de políticas ESG, sendo que 39% destacaram o pilar ambiental como o mais priorizado, seguido do social (31%) e da governança (30%).  

O jogo muda quando as perguntas focam nas práticas da agenda na área de finanças. 76% destacam a governança como pilar principal, seguido do social, com 13%, e do ambiental, com 11%. Em geral, a área aponta “desenvolver uma equipe financeira com visão sistêmica e conhecimento multidisciplinar” como maior desafio para estruturação da agenda ESG. 

O material conta com a participação de 95 executivos das maiores empresas do país. Para a seleção dos participantes, foram contatados CFOs de companhias que registraram uma receita superior a R$ 1 bilhão no ano de 2022. 

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