Fernanda Romano

Naked

Fernanda Romano, 38 anos, sócia e diretorageral de criação da Naked, faz parte da safra de profissionais que colocaram a criação digital brasileira em posição de destaque global na virada do século. O auge dessa fase da sua carreira foi em 2005, quando liderou a equipe da DM9DDB que ganhou o Grand Prix de Cyber e o título de Agency of the Year desta categoria no Festival de Cannes. Foi nesse momento que Fefa, como é conhecida, quis alçar voos mais altos e mirou o mercado internacional.
Chefiou a criação da Lowe, em Nova York. Em seguida, ajudou a fundar a Lowe/Lola, em Madri. Pulou para Londres, onde comandou os times criativos da JWT e da EuroRSCG. Em 2011, cansada da propaganda, resolveu dar um tempo e passou um ano viajando. Voltou ao Brasil em agosto de 2012 para iniciar a operação da Naked, na qual divide-se entre Nova York e São Paulo. Seu desafio é consolidar por aqui o posicionamento da operação que está mais para consultoria do que para uma agência tradicional. Fernanda é a única profissional que já foi homenageada com o Women To Watch em dois continentes. Em 2007, ela recebeu a honraria na edição norte-americana quando atuava em Nova York. Formada em administração pública na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fefa começou sua carreira na publicidade na Carillo
Pastore Euro RSCG, após estagiar no marketing da Schering Plough. Com jeito despachado, expõe sua opinião sobre a diferença entre homens e
mulheres no mercado de trabalho. “Hoje é mais difícil ser homem. Eles é que estão perdidos”, afirma. Já as mulheres conheceram as mais
adversas situações. A duras penas, aprenderam a ser mãe, profissional, pagar as contas e ainda cuidar do visual. Mas essa cobrança hoje está
mais latente “entre aquelas que estão na casa dos 40 anos de idade”, acredita Fefa. Segundo ela, as gerações mais jovens já perceberam que não
há nada de errado em poder escolher. Solteira e sem filhos, Fefa conclui que a mulher não precisa ultrapassar os homens. “É preciso simplesmente substituir o preconceito por respeito”. “A presença feminina evoluiu muito, mas o mercado da publicidade ainda é muito machista”.

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