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Bebidas limitarão publicidade infantil

Abir, que reúne Ambev, Brasil Kirin, Coca-Cola e Pepsi, dentre outras, que proibir ações de marketing para audiências com 35% de crianças até 12 anos


2 de março de 2016 - 5h19

A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), entidade que reúne Ambev, Brasil Kirin, Coca-Cola, Grupo Petrópolis e Pepsi, dentre outras, e que representam 85% do volume de vendas do mercado, pretende impor um limite para a publicidade infantil.

A proposta é que as marcas não possam realizar ações de marketing e publicidade quando a audiência em questão tiver 35% de crianças até 12 anos. A medida será válida não apenas para refrigerantes e sucos, mas para todo o portfólio de produtos dos associados, como água, água de coco, chá, energético e néctar.

Segundo Alexandre Kruel Jobim, presidente da Abir, será realizada uma assembleia na segunda quinzena de abril para apresentação e aprovação do texto do projeto. A proposta, em fase de detalhamento, adotou o índice de 35% indicado pelo ICBA (International Council of Beverage Associations). A entidade tem discutido o tema há um ano e meio e, no segundo semestre de 2015, formou um grupo de trabalho para se dedicar à elaboração da proposta.

“Não foi a Abir que anunciou, a informação vazou. Gostaríamos de apresentar o projeto aprovado. Nos baseamos em diretrizes internacionais já adotadas por grandes empresas. As principais companhias têm adotado essas práticas e todos os sócios da Abir vão aderir ao compromisso. É uma autorregulamentação que tenta padronizar um compromisso”, afirma Kruel Jobim, destacando que a medida vale para TV aberta e fechada, mídias sociais e marketing escolar.

Após a aprovação do projeto na assembleia, a Abir começará a conversar com as entidades do mercado publicitário, em especial o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que poderia ser o órgão parceiro no monitoramento do compromisso assumido pelas empresas. Também está na pauta da Abir a discussão sobre venda de produtos com alto teor de açúcar nas escolas. Esse tema, no entanto, está em fase embrionária.

O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, comemorou a decisão da Abir, mas pediu mais. “Esta autorregulação deve seguir acompanhada da atuação do legislativo, na elaboração e aprovação de leis específicas e rigorosas para toda a concorrência que impeçam o direcionamento da publicidade para crianças; da fiscalização do executivo; e do desempenho do judiciário na punição dos abusos”, explicou em comunicado Isabella Henriques, coordenadora do Criança e Consumo e diretora do Instituto Alana.

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