Apro reforça posição contra fantasmas

Felipe Turlao
17 de abril de 2015 - 9h54

 A Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro) e outras sete entidades que representam funcionários e empresas do ecossistema de produção publicitária lançaram uma carta em que renovam a recomendação contra o chamado “projeto Cannes” – nome das produções criadas fora do briefing com o claro intuito de galgar premiações em festivais de publicidade.

Um documento similar foi assinado por entidades do setor no ano passado, na primeira vez em que as associações de produção se posicionaram de maneira formal sobre a questão.

Agora, as entidades reforçam a seus associados que não aceitem a utilização de seu tempo nem de seus equipamentos, estúdios e serviços, de forma gratuita, na produção dos chamados “filmes de Cannes” ou para outros festivais publicitários.

“Dentre as razões podemos citar a repentina alta do dólar associada ao momento recessivo do país, que elevaram os custos gerais de produção, criando um ambiente de negócios onde não há mais como solicitar que pessoas, espaços e equipamentos sejam colocados para trabalhar sem remuneração”, diz o documento.

O texto abre exceção para produções de filmes beneficentes ou filantrópicos, “desde que tenham sido devidamente encomendados por ONG´s ou entidades sem fins lucrativos e que estejam destinados a veiculação gratuita pelas emissoras em campanhas de cunho social”.

As outras signatárias são Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Equipamentos e Serviços Audiovisuais (Abele), Assistentes de Câmera Associados do Estado de São Paulo (Acasp), Associação dos Técnicos em Iluminação e Maquinaria (Astim), Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (Siesp), Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (Sindcine), Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de São Paulo (Sated) e União dos Diretores de Fotografia de São Paulo (UDFSP).