Com chuteiras simbólicas, Marta alerta para desigualdade salarial

Isabella Lessa
13 de junho de 2019 - 16h46

Marta joga com chuteira que simboliza o movimento Go Equal, em prol da igualdade salarial entre mulheres e homens (Crédito: Reprodução/Instagram)

Ao comemorar o gol na partida do Brasil contra a Austrália nesta quinta-feira, 13, Marta apontou para a chuteira que estava usando. Preto, sem a estampa de uma marca esportiva, o calçado trazia duas faixas azul e rosa, símbolo da ação Go Equal, que busca promover a equidade salarial.

Camisa 10 da seleção brasileira, Marta, que também é embaixadora global da ONU Mulheres, foi escolhida para ser uma das embaixadoras do novo projeto, que teria sido criado porque o patrocínio oferecido às jogadoras femininas é inferior ao que as marcas pagam para o time masculino.

Horas antes do começo do jogo, as páginas do movimento no Instagram e no Twitter começaram a fazer posts com os questionamentos: “Bola igual. Campo igual. Regras iguais. Se as mulheres jogam futebol da mesma forma que os homens, por que elas não recebem o devido reconhecimento? O devido apoio? A devida remuneração?”.

O perfil também publicou a imagem acima com a legenda: “#BRAxAUS não é a única rivalidade que as mulheres têm que enfrentar no esporte hoje. A @martavsilva10 está jogando com uma chuteira sem patrocínio e com um símbolo pela equidade no esporte. Participe do movimento #GoEqual.”

Com o gol que Marta fez hoje, o primeiro da seleção brasileira neste campeonato, ela se tornou a primeira, entre homens e mulheres, a fazer gols em cinco Copas do Mundo. A atleta também está empatada com o alemão Miroslav Klose como maior artilheira do campeonato: cada um tem 16 gols.