DPZ quer Erh Ray como CEO
Indicado por Flavio Conti e aprovado pelos sócios nacionais, Ray tem outras propostas. Decisão depende ainda de aprovação do Publicis Groupe
Indicado por Flavio Conti e aprovado pelos sócios nacionais, Ray tem outras propostas. Decisão depende ainda de aprovação do Publicis Groupe
Felipe Turlao
22 de outubro de 2012 - 6h35
Erh Ray é o nome que a DPZ quer para liderar a agência a partir de 2013. O ex-sócio da BorghiErh/Lowe (agora Borghi/Lowe) foi convidado para assumir o cargo de CEO e sua indicação está sendo analisada pelo Publicis Groupe, dono de 70% da empresa. “A iniciativa de procurar o Ray partiu de mim e foi vista com bons olhos pelos sócios nacionais. Eu tenho o trabalho de fazer com que a herança da DPZ continue e, por isso, considero que ele seja a pessoa para assumir a direção executiva da agência”, confirma Flavio Conti, atual CEO da DPZ, que está há 40 anos na casa.
“Tenho uma relação de amizade de longa data com o Conti. Assim que saí da rede Lowe, ele me procurou e já conversamos muito desde então. As coisas avançaram e fico honrado pelo interesse. Mas não há nada fechado ainda”, frisa Ray.
A ida de Ray para a DPZ depende de alguns fatores, especialmente, a aprovação do Publicis Groupe, dono de 70% da agência, e das outras propostas que o publicitário tem, de grupos nacionais e internacionais.
Outras questões que precisam ser equacionadas, de acordo com Conti, são o valor financeiro envolvido na contratação e algumas questões jurídicas. O publicitário tem cláusulas provenientes do desligamento da BorghiErh/Lowe. Mas esta última situação, ao menos, não deverá ser um problema já que, à época da saída, em julho, Ray afirmou ao Meio & Mensagem que nada no contrato o impediria de criar uma agência ou assumir um cargo executivo.
A expectativa da DPZ é resolver a questão no prazo máximo de 60 dias. “Queremos começar 2013 com a situação de Ray já definida”, afirma Conti. Ele aponta ainda que deve ocorrer um período de transição de poder que duraria algo em torno de seis meses a um ano. Desta forma, caso Ray seja contratado, o caminho natural é que ambos sejam co-CEO´s por este período.
Conti ressalta que a chegada de Ray não significaria uma troca. “Não estou cavando a minha própria cova. E nem estou me aposentando. Eu continuaria envolvido na agência, assim como os três sócios brasileiros”. Desta forma, Conti sinaliza que deverá seguir no conselho administrativo da DPZ, hoje composto por ele, Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza, além de cinco executivos do Publicis Groupe. Conti garante que nenhum outro nome está sendo cogitado para a função. “Não sei se vai dar certo, mas o Ray demonstrou que admira a DPZ e isso é fundamental”, conclui.
Contexto de mudanças
Há outros dois componentes no tabuleiro de poder da DPZ que precisam ser levados em conta no contexto de uma possível chegada de Ray para liderar a agência. Em 31 de dezembro de 2013, o Publicis assumirá o seu direito de adquirir os 30% da agência que seguem nas mãos de Roberto Duailibi, Francesc Petit e Jose Zaragoza. Por conta das questões burocráticas envolvendo o processo, o anúncio oficial deverá ocorrer em meados de 2014. De qualquer forma, a opinião dos franceses em relação à contratação de Ray é crucial para que a movimentação dê certo.
Além disso, a agência deverá entrar para a rede Saatchi&Saatchi em 2014, conforme já indicado por Kevin Roberts, CEO da rede. “Foi aventado que isso pode ocorrer, mas 2014 ainda está muito longe. Agora, precisamos cuidar da agência e da nossa independência operacional. A marca DPZ será eterna. Se vai ficar em um guarda-chuva, é outra questão”, afirma Conti.
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