Há espaço para todas?

Meio & Mensagem
3 de dezembro de 2012 - 12h01

A Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi) divulgou na semana passada o seu censo de 2012. Um dos pontos que mais chamam a atenção é a existência de três mil empresas focadas na disciplina no Brasil. O número representa um aumento de 300 agências em relação à contagem feita em 2011 e aponta para um crescimento anual superior a 10% nos últimos anos.

Embora parte desse crescimento se deva a uma mudança metodológica na pesquisa (mais subdisciplinas foram incorporadas e o levantamento passou a radiografar com mais precisão os mercados regionais), o número é expressivo. Outra informação relevante: o faturamento do setor em 2012 deve fechar em R$ 2,2 bilhões — 50% a mais que em 2011. Como há a distorção metodológica, a entidade prevê que o índice real seja de 30%. Ainda assim, mostra como a disciplina vem consolidando sua força de mercado.

Mas há espaço para tantas empresas? Para Jonatas Abbott, presidente da Abradi, sim. Desde que haja segmentação e regionalização dos negócios. Dentro dessa lógica, seria necessário às pequenas agências centrar foco em serviços ultraespecializados. Ou ter atuação regional, para atender pequenas e médias empresas. Às grandes agências digitais, caberia o atendimento centralizado aos maiores anunciantes do País, coordenando as estratégias do cliente e delegando a parceiras serviços específicos.

Leia, a seguir, a opinião sobre o tema de três líderes de agências de diferentes disciplinas (marketing direto, propaganda e digital) e a visão de Abbott, presidente da entidade responsável pelo levantamento que suscita a discussão. 
Eduardo Duarte Zanelato