Mercado lamenta morte de Petit

Meio & Mensagem
6 de setembro de 2013 - 4h11

A notícia da morte de Francesc Petit nesta sexta-feira, 6, foi recebida com muita tristeza por alguns dos principais líderes criativos do País. Veja abaixo alguns depoimentos e homenagens.

“Aprendi tudo com ele. De publicidade e de vida. Só o meu pai teve uma importância tão grande para mim quanto o Francesc Petit” 
Washington Olivetto

"Tive o privilégio de ser atendido pelo Petit quando, aos 23 anos, fui diretor de marketing da Embratur. Emulador, criativo, esteta, gênio. Na DPZ foi decisivo na construção e no posicionamento de Marcas como Sadia, Itaú, Gol, Bombril, dentre muitas outras. Deixa um legado de construção de Marcas e de formação de uma geração de profissionais com bom gosto, elegância e uma postura ética única"
Luiz Lara

“A publicidade ficou muito mais pobre, não só a brasileira, como a mundial. Há seis meses estive com ele e queria deixar registado que toda essa marca de sucesso que o Itaú construiu há mais de 20 anos, essa cor e essa linguagem que estão sendo muito bem mantidas pela agência Africa, foi de responsabilidade do Petit. Recentemente ele comentou comigo que com a chegada dos novos programas de computadores e ferramentas, os diretores de arte perderam um pouco a capacidade de criação e imaginação. O seu falecimento é uma perda muito grande, perda de um talento enorme. Ele foi de extrema importância para que a DPZ atingisse a importância que tem, ele sempre continuou criando”
Agnelo Pacheco

A Bombril, cuja marca Petit ajudou a popularizar com a criação do Garoto Bombril, enviou nota ao mercado dizendo que se sente órfã no dia de hoje. "Petit foi um dos maiores nomes da publicidade brasileira e do mundo e sua invenção se confunde com a trajetória da própria empresa. Todos sentiremos 1001 saudades"
Marcos Scaldelai, diretor comercial, marketing e P&D da Bombril

"A única coisa óbvia a respeito do Petit é a importância dele para a propaganda. Porque ele era de uma autenticidade lendária. E disso o mundo carece cada vez mais. Eu sempre o encontrava com a familia no restaurante Gero e da última vez que o vi com a esposa lá, ele num gesto afetuoso me deu um lenço como os que sempre levava elegantemente no bolso do paletó e disse:"use sempre no bolso do paletó como uma marca." Vindo de quem fez das marcas sua vida, sei que foi mais que uma gentileza. Ele foi um dos nossos maiores talentos. Até os franceses que adquiriram a DPZ sabem que Petit no Brasil significa grande" Alexandre Gama

“Ele foi meu mentor, a referência profissional na minha volta ao Brasil quando me convidou para trabalhar na DPZ. Tinha uma opinião muito forte sobre tudo e esse traço da sua personalidade ficava claro em tudo que fazia. Gostava de cores fortes, odiava sorvete de baunilha. Tudo tinha que passar pelo filtro da beleza e nesse ponto era catalão ao extremo, pois seu trabalho era muito marcante” Marcello Serpa

“Eu não tive a sorte de ter trabalhado com Petit, mas tudo o que vivi em propaganda foi, de certa forma, desbravado por ele. O fato é que ele viveu muito, ensinou muito, abriu muitos caminhos e formou muita gente. Essencialmente, de tudo o que vi nos encontros que tive com ele, acho que ele curtiu muito cada momento Acho que eu celebro o que o Petit fez, mais do que lastimo que ele não esteja mais com a gente. Tem gente que parte com a mala cheia. Saudações Petit, vai deixar o lado de lá mais charmoso” Sérgio Valente 

"No dia que me apresentaram o Petit eu o achei ´mucho loco´. Na minha primeira semana na DPZ encontrei um designer e um publicitário brilhante. Nas suas vernissages conheci um artista nato. E em Barcelona descobri que era mais um catalão genial" Ruy Lindenberg

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