Apple: nos wearables com Apple Watch

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9 de setembro de 2014 - 2h50

Em outubro de 2001, a Apple iniciaria uma série de lançamentos que revolucionaria várias indústrias. O primeiro produto foi o iPod, que chegou ao mercado em outubro de 2001 e mudou para sempre o consumo de música e o perfil da indústria fonográfica. Em junho de 2007, chegava o iPhone, que mudaria completamente o setor de smartphones e acabaria com o então player mais poderoso desse segmento, a Nokia. Em novembro de 2010, novamente a Apple revolucionaria e praticamente criaria uma nova demanda mundial, com o lançamento do tablet iPad. Esses lançamentos se sucederam em períodos cada vez mais curtos até que a morte de Steve Jobs, em outubro de 2011, provocou uma pausa involuntária no apetite crescente da empresa da maçã pela diversificação. Hoje, 9 de setembro de 2014, a empresa volta com tudo à carga e resgata o frisson que Jobs provocava a cada convocação da imprensa.

Para marcar o que talvez seja um novo paradigma no segmento de relógios inteligentes (smartwatch), a Apple, liderada por Tim Cook, recebeu a imprensa especializada e também jornalistas de moda em Cupertino, a cidade-sede e símbolo da empresa na Califórnia para um dos lançamentos mais comentados e aguardados, o Apple Watch. Foi nessa cidade, exatamente no Flint Center, que Jobs lançou o icônico Macintosh em 1984, que também revolucionaria a indústria de computadores.

O Apple Watch inova com a corda digital (Cook lembrou que a empresa inovou com o mouse e também com a rodinha do iPod), tem uma dezena de customizações possíveis, vem com tela Retina. As combinações lembram a marca Swatch, que permite a troca de pulseiras e variações de mostradores. O relógio da Apple chega com duas versões: larger e smaller, o que deve atender os públicos masculino e feminino. O designer é de Jony Ive, o poderoso vice-presidente da Apple que criou os modelos de iPod, iPhone e iPad. Um detalhe importante: o Apple Watch requer um iPhone para ser ativado, ou seja, seu uso está atrelado a um telefone.

O relógio inteligente da Apple tem algumas funcionalidades do iPhone como e-mail, tempo, música, calendário e permite chamadas de voz e envio e recepção de mensagens, integração de mapas. Mas o grande atrativo do equipamento deve ser mesmo a possibilidade de configurá-lo das mais diferentes formas, a qualquer tempo, pelo simples movimento de toque na tela, o que dá uma nova dimensão ao relógio.

O Apple Watch chega em 2015, inicialmente nos EUA, ao preço de US$ 349, em três versões: Watch (pulseira de metal), Watch Sport (pulseira de plástico) e Watch Edition (pulseira de couro).

iPhone 6 e iPhone 6 Plus

Como esperado, a evolução do iPhone consiste, principalmente, no tamanho do aparelho. São dois dispositivos: iPhone 6, com tela de 4,7 polegadas (com preços a partir de US$ 199) e iPhone 6 Plus (a partir de US$ 299), com tela de 5,5 polegadas, ambos maiores em relação ao iPhone 5S, com tela de 4 polegadas, tela Retina HD e resoluções de 38% mais pixels e 185% mais pixels, respectivamente. Os telefones suportam chamadas LTE (4G) e, para conexões WiFi, a velocidade é três vezes maior em relação ao atual iPhone 5S. A câmera frontal tem 8 MP e, para o iPhone 6 Plus, há estabilização óptica de imagem. E ambos veem equipados com o sistema operacional iOS 8 (liberado a partir do dia 17 deste mês, download gratuito), com as atualização anunciadas em junho por Cook, a partir do modelo 4S do iPhone e iPad 2. Os novos iPhones estarão disponíveis para pré-venda a partir desta sexta-feira,12, e comercialização a partir do dia 19, para 19 países (o Brasil não está incluso).

Cook anunciou, finalmente, a funcionalidade para pagamento por meio do iPhone ou a carteira eletrônica (Apple Pay), com o aguardado Near Field Communication (NFC), ou comunicação por campo de proximidade, que permite a troca de informações sem fio e de forma segura. A princípio, o Apple Pay vale apenas para os EUA, para as bandeiras American Express, Mastercard e Visa.