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Fifa: patrocinadores querem fiscalização

Adidas, Anheuser-Busch InBev, Coca-Cola, McDonald?s e Visa pedem em carta aberta vigilância independente para a atuação da entidade


1 de dezembro de 2015 - 7h59

Do Advertising Age,

Alguns dos principais patrocinadores da Fifa publicaram uma carta aberta nesta terça-feira, 1º, pedindo que a entidade máxima do futebol mundial faça reformas estruturais. O pedido acontece dias antes de uma reunião chave para finalizar as propostas de alterações para a organização.

Adidas, Anheuser-Busch InBev, Coca-Cola, McDonald’s e Visa dirigiram a carta ao comitê executivo da entidade, que nesta semana decidirá quais reformar serão levadas para o congresso de emergência marcado para fevereiro, no qual as 209 associações definirão o futuro da Fifa.

Os patrocinadores, que pagam cerca de US$ 100 milhões por quatro anos do ciclo da Copa do Mundo, fizeram da fiscalização independente do processo de reforma da Fifa uma das suas principais demandas, mas a entidade tem resistido.

"Também se tornou claro para nós que a fiscalização independente precisa ser executada a longo prazo, através da implementação e evolução do processo de reforma. Nós encorajamos você a se tornar um campeão dessa fiscalização independente que só reforçará a credibilidade da Fifa", diz um trecho da carta publicada no site da Coca-Cola.

As marcas também pediram maior transparência, responsabilidade, respeito pelos direitos humanos, integridade, liderança e igualdade de gênero a Fifa, que está tentando se recuperar do escândalo global que acarretou a prisão de experientes executivos da entidade e que deve colocar um ponto final na longa gestão de Joseph Blatter à frente do órgão.

"As decisões que você tomar nesta primeira rodada de propostas de reforma definirá o tom do Congresso que decidirá o processo de reforma", ressalta outro trecho da carta.

O faturamento da entidade cresceu aceleradamente à medida que o futebol se tornou o principal esporte mundial. O ciclo de quatro anos da Copa do Mundo gera mais de US$ 5 bilhões para a Fifa, e cerca de 30% desse total está ligado ao marketing, incluindo acordos com a Coca-Cola, McDonald’s e Adidas. Os direitos de TV respondem por 43% da receita.

Tradução: Fernando Murad

 

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