Adoro os headhunters
Mas há um problema: grande parte destes novos recrutadores são amadores que não estão preparados para lidar com as necessidades dos seus clientes e com a dos candidatos.
Mas há um problema: grande parte destes novos recrutadores são amadores que não estão preparados para lidar com as necessidades dos seus clientes e com a dos candidatos.
Ricardo Fort
22 de outubro de 2015 - 3h51
Isto não é uma carta para agradar os profissionais do ramo para, quem sabe em breve, receber uma proposta de trabalho. Estou muito feliz com o meu e não tenho planos de mudar tão cedo. Acho apensa que os headhunters merecem um pouco de crédito nestes tempos de LinkedIn.
Com a popularidade das redes sociais, qualquer pessoa pode se tornar um membro premium e começar uma carreira como caça-talentos. Isto é ótimo para o mercado, mas oferece também alguns riscos para nós profissionais.
Agora as empresas grandes e pequenas podem encontrar a pessoa certa para aquela posição ao preço de uma penca de bananas e em poucos dias. Os milhões de currículos no LinkedIn permitem que em poucos minutos em uma busca simples selecionemos muitos potenciais candidatos.
Do nosso lado isso é excelente. Não dependemos mais das grandes firmas de busca de executivos para nos recolocar no mercado pois agora temos milhões de indivíduos nos procurando para oferecer novas oportunidades!
Mas há algo que a maioria das pessoas ainda não percebeu: grande parte destes novos recrutadores são amadores que não estão preparados para lidar com as necessidades dos seus clientes e com a dos candidatos.
A experiência e o profissionalismo das empresas de busca de executivos não pode ser tão facilmente substituída.
O resultado deste processo de expansão do mercado se nota na qualidade das consultas que recebemos no dia-a-dia. Grande parte delas não faz o menor sentido para as nossas carreiras (e provavelmente para as empresas contratantes também).
Há alguns anos, quando o telefone tocava e do outro lado estava uma das empresas tradicionais de busca, era bem provável que o profissional havia feito sua lição de casa e que a posição oferecida tinha a ver com você.
O modelo de negócio funciona porque o custo da busca ficou muito baixo. Mesmo que esta multidão de caçadores continue errando 90% das vezes, ainda assim acabam achando candidatos razoáveis. Isto é ótimo se você está contratando, mas não necessariamente bom se você é o candidato.
Eu sou fã do LinkedIn e tenho certeza que em algum tempo as coisas mudarão. Como em qualquer outro mercado em crescimento, é preciso um tempo para que os bons cresçam e os outros desapareçam.
Até lá, paciência. Na dúvida, podem continuar ligando. Eu não tenho problemas em indicar meus amigos para seus clientes.
Ricardo Fort (@SportByFort) é executivo de marketing internacional baseado em São Francisco, Califórnia
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros