Milena Seabra
20 de dezembro de 2012 - 9h34
Essa é a época do ano que todos fazem um grande balanço e uma grande retrospectiva do ano que se encerra. As empresas fecham seus planejamentos e fazem suas apostas para o ano que se inicia e todos nós, que como brasileiros temos na essência uma alta dose de esperança, acreditamos em um crescimento do mercado e esperamos que o país entregue um pouco mais da sua promessa de país emergente, com um resultado melhor que 2012, que termina seus dias deixando muito a desejar.
Mas o ponto a ser destacado nesse momento é algo que foi amplamente debatido e explorado em diversos artigos, revistas especializadas e blogs ao longo desse ano, o intenso momento de mudança que estamos vivendo. Eu até arrisco dizer que é um momento de transformação na forma de pensar e agir, na forma de fazer comunicação e interagir com o consumidor.
Vale lembrar que em um passado próximo, o mundo era mais previsível. Vamos olhar para o mundo da propaganda, o planejador de mídia localizava seu target, codificava suas características – idade, condição social, estado civil, ocupações, etc… Lançava a campanha publicitária do produto ou serviço em veículos de comunicação e aguardava o resultado.
Hoje, o volume de informação é imensurável, os canais são diversos e entender qual é a mensagem mais adequada para qual público é um desafio. Estamos saindo da dinâmica da comunicação para a da interação e os clientes representam sua marca através de relações entre eles mesmos. Não temos mais controle sobre o meio e sobre a mensagem e a “experiência” passa a ser cada vez mais fundamental na estratégia de marketing.
Realmente tudo que pensamos que sabíamos muda frente a nossos olhos. O ritmo dessa mudança se acelera e nos cria enormes desafios, mas é importante ressaltar que essa transformação trouxe também uma oportunidade, a possibilidade de uma nova relação com o consumidor.
A tecnologia passa a permitir o acesso ao mundo das informações existentes nas relações que acontecem no mundo virtual, milhares de dados valiosos que se bem trabalhados podem gerar um conhecimento incrível e um grande diferencial competitivo, potencializando ainda mais os negócios.
É importante ressaltar que o maior desafio nesse novo cenário será a comunicação entre os profissionais de marketing e o mundo da Tecnologia da Informação, pois as experiências tecnológicas e a relação com as marcas serão uma coisa só. Segundo Gartner, até 2017 os executivos de marketing, que já aplicam um bom dinheiro em dados, estatísticas e ferramentas terão um orçamento ainda maior para investir em tecnologia da informação.
No meio de tantas mudanças e incertezas algumas apostas valem a pena destacar, o mundo não vai acabar e tudo na vida tem o lado positivo, por isso, como dizia Peter Drucker, a melhor maneira de predizer o futuro e criá-lo.
Então, que venha 2013!
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