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Iba: a banca sem papel da Abril

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Iba: a banca sem papel da Abril

Plataformas de revistas, jornais e livros digitais, Iba faz mudanças e se prepara para expansão do setor


20 de dezembro de 2012 - 4h51

Em comparação com os hábitos de leitura dos países da Europa e com os Estados Unidos, pode-se considerar que o público brasileiro está um pouco longe de trocar as páginas dos livros pelas telas de leitores digitais. Apegando-se, porém, a ideia de que uma transição para a era da leitura digitalizada não tardará a iniciar em nosso território, o Iba, a plataforma de e-commerce de jornais, revistas e livros do Grupo Abril prevê boas perspectivas para o ano que está prestes a começar.

Para atrair os bons negócios, no entanto, algumas mudanças já foram feitas ainda este ano. Recentemente, o site passou por uma completa reformulação visual. “Nosso objetivo era tornar o conteúdo mais atrativo ao usuário e, também, poder oferecer aquilo que ele busca de forma fácil e rápida”, explica Ricardo Garrido, diretor de operações do Iba.

As mudanças são resultado de um trabalho feito pela agência Huge, que passou a cuidar do posicionamento digital da plataforma. Com um sistema de navegação mais simples, a diretoria espera atrair um número maior de usuários para o seu acervo, formado por livros, revistas e jornais de mais 200 diferentes editoras. “Antes mesmo de trabalhar a difusão da cultura dos livros digitais é necessário melhorar a experiência que a pessoa tem ao acessar plataformas como essa”, defende Garrido.

O executivo acredita que o cenários dos e-books no Brasil está apenas em seu estágio inicial e que deverá ganhar densidade maior com a chegada de outros players e com a própria mudança dos hábitos de leitura e da maior presença de aparelhos como tablets e leitores digitais no mercado nacional. “O e-commerce de conteúdo deverá ganhar grandes players, em termos globais. Além das empresas que se dedicam a esse trabalho temos também corporações como o Google e a Apple atuando na área com plataformas próprias. Isso alimenta a competitividade e nos obriga a ser mais atrativos tanto para os usuários quanto para as editoras”, explica o diretor.

Banca virtual
Essa é primeira grande mudança pela qual o Iba passa desde o seu lançamento no mercado, ocorrido há pouco mais de um ano. Garrido conta que, para 2013, outro objetivo será o de ampliar o acervo, que, atualmente, ultrapassa a marca dos 16 mil produtos (entre livros, revistas e jornais digitais), provenientes de diversas editoras. Segundo ele, essa experiência inicial mostra que, tal como os consumidores das publicações impressas, os usuários dos e-books e das revistas digitais também tem interesses variados, que variam de acordo com os gostos pessoais e, também, concentram-se em itens da moda. “Posso dizer que a trilogia Cinquenta Tons de Cinza foi o produto mais vendido da história do Iba”, conta o executivo, referindo-se ao best-seller da autora britânica Erika L. James, considerado o livro de maior sucesso de 2012 – sobretudo entre o público feminino.

Para o Iba, o iminente fortalecimento do mercado acaba, por um lado, destacando a essência da plataforma, que “nasceu” com conteúdo e operação 100% nacionais. O volume de vendas da banca digital vem crescendo a uma média de 35% ao mês desde julho o que, na opinião do diretor, deve-se, também, a percepção das editoras da importância de trabalhar esse nicho. “Atualmente muitas das grandes editoras fazem o lançamento de um livro (impresso) e do e-book quase simultaneamente”, conta. Alguns entraves, como as questões de direitos autorais e de sua transposição para as plataformas digitais, no entanto, ainda precisam ser resolvidos para garantir uma melhor fluidez nos negócios. “Em média, o preço de um e-book é 20% menor do que o de um livro. Quando a escala de consumo alcançar o patamar correto no Brasil, as pessoas notarão essa diferença”, aposta Garrido. 

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