Superinteressante estreia nos cinemas

Meio & Mensagem
7 de outubro de 2014 - 9h31

Para Denis Russo Burgierman, não interessa mais à Superinteressante ser somente “papel grampeado”. Com estas palavras, o diretor de redação da revista da Editora Abril indica novos caminhos. Após expor infográficos sobre ciência e tecnologia em estações de metrô e investir na publicação de livros, a Super chega aos 27 anos com o objetivo de se consolidar como marca, para além do papel. Uma grande ação nesse sentido é o primeiro longa-metragem da marca: Ilegal. O filme tem pré-estreia de segunda-feira, 6, a quarta em São Paulo, Brasília e Rio de e entra em circuito nacional no dia 9.

O longa-metragem fala dos benefícios da maconha no tratamento de doenças, pauta que já havia estampado a capa da versão premium de fevereiro da Superinteressante. Nela, uma grande reportagem investigava opiniões sobre a droga e seus reflexos na política e na saúde. O depoimento de uma mãe que utiliza um derivado de cannabis para aplacar os efeitos da epilepsia na filha marcou o jornalista Tarso Araújo, responsável por editar o material.

Em parceria com o cineasta Raphael Erichsen, o profissional decidiu acompanhar as personagens na batalha contra a Justiça, pela tentativa de tornar legal o uso medicinal da maconha. Uma edição de cinco minutos do material ganhou força na internet e foi exibida em programas como Fantástico e Encontro, ambos da Rede Globo. A notoriedade mobilizou mais pessoas e incentivou a criação do documentário. “A história é revoltante e triste. As pessoas choram de raiva depois de assistir”, conta Burgierman, que avalia a entrada da marca nos cinemas como um movimento natural. “É um mundo onde podemos ser relevantes. Esse é um formato cinematográfico ainda pouco explorado no Brasil.” A Superinteressante, que pretende lançar um filme por ano, já prepara a produção de 2015.

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A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1630 de Meio & Mensagem, exclusivamente para assinantes da versão impressa e para tablets iOS e Android.