McCann Worldgroup adquire E/Ou
Agência será adicionada à rede MRM, especializada em marketing direto
Agência será adicionada à rede MRM, especializada em marketing direto
Meio & Mensagem
19 de novembro de 2013 - 12h52
O McCann Worldgroup anunciará na tarde desta terça-feira, 19, a compra da agência brasileira E/Ou, especializada em marketing direto, digital e CRM. A empresa será adicionada à rede MRM Worldwide.
A E/Ou completou uma década de mercado em 2013 e conquistou dois grandes clientes egressos da própria MRM: Santander e Chevrolet. Liderada pelos sócios Eduardo Rodrigues (diretor de criação), Eduardo Soutello (diretor de planejamento) e Fábio Souza (diretor de atendimento e operações), a empresa levou ainda o tricampeonato do troféu de Agência do Ano do Prêmio Abemd (2011, 2012 e 2013) e concorre ao Prêmio Caboré na área de serviço de marketing.
A intenção de comprar uma agência no Brasil foi adiantada pelo CEO global da MRM, Bill Kolb, em entrevista ao Meio & Mensagem em maio do ano passado. Na ocasião, ele disse que o País era a prioridade número um dentro da MRM e cogitou fazer duas aquisições. Kolb afirmou que o objetivo era que o Brasil trocasse a posição que mantinha entre os 20 maiores escritórios da rede por um lugar de destaque no topo do ranking, entre os cinco maiores da companhia. E adiantou que isso poderia acontecer até 2013.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, em setembro, o presidente do McCann Worldgroup para as Américas, Luca Lindner, acrescentou que a negociação de compra de uma agência com foco em digital e marketing direto estava prestes a ser concretizada. Segundo ele, a agência adquirida seria incorporada pela MRM. “Nosso objetivo é que a MRM incorpore esta agência que será comprada. Considerando as nossas empresas no Brasil, WMcCann, Momentum, Future Brand e MRM, esta última é a única que não está indo tão bem como gostaríamos. Por isso, a compra de uma agência, para reforçá-la, inclusive com uma nova liderança”, disse Lindner.
A MRM perdeu contas importantes como Chevrolet e Santander e está sem presidente desde maio, quando saiu Fernando Tassinari. “A MRM é uma agência de bom êxito no marketing direto tradicional, mas a adaptação ao digital não foi tão fácil. A MRM precisa de uma injeção digital”, frisou.
Na mesma entrevista, Lindner ainda adiantou que o McCann Worldgroup estudava a abertura de uma nova operação no mercado publicitário. Neste caso, a motivação é a prospecção de contas concorrentes às atendidas pela WMcCann, maior empresa da rede no País e que tem poucas possibilidades de crescimento, de acordo com Lindner. “Temos um problema que limita o crescimento da McCann no Brasil, por causa da política dos conflitos de contas. Só há duas categorias importantes nas quais não temos clientes: cerveja e varejo. Iniciei uma conversa com Washington Olivetto (chairman da WMcCann), Pablo Walker (presidente do McCann Worldgroup na América Latina), Martin Montoya (CEO da WMcCann) e Paulo Gregoraci (vice-chairman e COO) sobre o lançamento de uma segunda agência no Brasil. Pode ser que este seja um bom momento”. Ainda sem definição se o caminho seria statup ou aquisição, ele disse que buscava uma agência que “tenha identidade, profissionalismo, que seja um pouco mais jovem, tenha menos clientes, queira construir um futuro mais forte e fazer parte do grupo McCann. Estabelecendo, assim, não uma segunda agência, mas uma agência alternativa”.
Neste ano, o McCann Worldgroup já fez uma aquisição no Brasil. Comprou a Preview, especializada em healthcare, para o lançamento da McCann Health no Brasil (leia mais aqui).
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