Conar adverte associação de coaching por ação em novela

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Bárbara Sacchitiello
13 de abril de 2018 - 9h09

Cena da novela mostrou o uso de técnicas de coaching para fazer regressão e tratar traumas psicológicos (Crédito: Reprodução)

Em reunião realizada nessa quinta-feira, 12, o Conselho de Ética do Conar julgou o processo número 055/18, aberto para avaliar o merchandising promovido pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) na novela O Outro Lado do Paraíso, da Globo.

Exibidas nos primeiros dias de março, as ações de merchandising foram contextualizadas na trama da personagem Laura (interpretada pela atriz Bella Piero), que buscou ajuda com uma profissional especializada em coaching (Adriana, interpretada pela atriz Julia Dalavia), para recuperar memórias referentes a um abuso sexual sofrido na infância. Ao final dos capítulos que abordaram o assunto, os créditos da novela mencionaram a ação de merchandising do IBC.

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Assim que os capítulos foram exibidos, o Conar recebeu reclamações de espectadores que criticaram o fato de a trama mostrar um profissional usando coaching para tratar de sérios problemas e traumas psicológicos. Para avaliar se houve abuso na mensagem, o Conar abriu processo para avaliar a conduta do IBC. Embora tenha veiculado a ação de merchandising em sua novela, a Globo não foi envolvida no processo.

Segundo resolução do Conar, os membros do conselho de ética que julgaram o caso decidiram, por unanimidade, advertir o IBC pela ação. Nesse caso, o anunciante receberá uma notificação formal de advertência pela ação.

Após a polêmica, a Globo não exibiu outras sessões de coaching na trama. O caso da personagem Laura foi resolvido e a o núcleo de Adriana, personagem que aplicava as técnicas de coaching, tomou outro rumo da história de Walcyr Carrasco.

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