Vanpro: atração de negócios e gestão de pessoas são maiores desafios das agências

Renan Honorato
22 de março de 2024 - 7h38

Pesquisa realizada pela Fenapro, em parceria com as Sinapros estaduais, serve de termômetro para o mercado publicitário (Crédito: Maximusch/Adobestock)

Cerca de 70% das agências sinalizam como boas ou muito boas as perspectivas para o futuro dos negócios. Contudo, 23% acreditam que o mercado continuará estável e 4% acredita que o ano será pior que 2023. Os dados são da edição mais recente da pesquisa Visão de Ambiente de Negócios (Vanpro), realizada pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), em parceria com Sindicatos das Agências de Propaganda (Sinapro) de 20 estados e do Distrito Federal, junto a 309 agências.

A pesquisa também demonstrou que as agências passaram a trabalhar mais intensamente com ferramentas de inteligência artificial. Na comparação com o ano anterior, esse índice passou de 31% para 64%. De acordo com o levantamento, mais da metade das agências ainda pode aperfeiçoar os processos internos de planejamento.

Além disso, o presidente da Fenapro, Daniel Queiroz, diz que donos de agências precisam investir na própria estrutura do negócio, com metodologias e práticas que promovam a maturidade do empreendimento. “Enquanto algumas encontram o caminha na especialização dos serviços, outras estão se posicionando como agências 360º”, comenta.

Quais são os desafios das agências em 2024?

Entre os principais desafios para as agências em 2024 estão a captação de clientes (43%) e a gestão de pessoas (21%). Com menos menções, também estão fatores como definição assertiva da gestão de processos com controle de fluxos e acompanhamento da execução (19%), e desafios na gestão financeira, manutenção de clientes e aumento das margens (17%).

A maioria dos profissionais ouvidos pela Vanpro faz parte de agências full-service (96%), com equipe de até 20 pessoas (55%), que têm mais de 20 anos de existência (47%) ou pelo menos 11 anos de operação (32%). Além disso, mais de 30% das agências têm receita de até R$ 1 milhão enquanto 15% delas têm receita anual superior a R$ 10 milhões.