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Ter um social branding de sucesso é possível, sim
76% das pessoas não veem problemas em marcas apoiarem boas causas e também lucrarem com isso, mostrando que a aceitação de ações sociais está em alta entre os consumidores
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Buscar76% das pessoas não veem problemas em marcas apoiarem boas causas e também lucrarem com isso, mostrando que a aceitação de ações sociais está em alta entre os consumidores
16 de julho de 2015 - 11h42
(*) Por Alberto Blanco
O social branding está cada vez mais presente nas ações das empresas, principalmente por conta das redes sociais, responsáveis pelo imenso engajamento entre as marcas e os seus públicos-alvo. Embora essa ação pareça simples, é necessário atentar para alguns pontos, que vão definir o verdadeiro sucesso da campanha.
Antes de começar a explicar os motivos pelos quais é realmente mais complicado do que parece criar ações relevantes de social branding, explico o que significa esse termo. O australiano Simon Mainwaring, um dos maiores autores que estuda o tema, define social branding como o engajamento das marcas com os consumidores a serviço de um propósito bem mais amplo do que simplesmente seus próprios interesses. O importante desse conceito é que propõe que as marcas saiam da “zona de conforto” e contribuam para um mundo melhor.
Segundo dados da pesquisa We First, organizada por Mainwaring, 76% das pessoas não veem problemas em marcas apoiarem boas causas e também lucrarem com isso, mostrando que a aceitação de ações sociais está em alta entre os consumidores.
Já que a ideia é fugir do óbvio e ir além, posso usar como exemplo um case bastante interessante da Pedigree, o “Adotar é tudo de bom”. Por meio de um assunto de interesse social, a adoção de cachorros abandonados, a empresa conseguiu se fixar como referência em projetos que seguem essa linha. A marca já era consolidada e, mesmo assim, se preocupou com um tema para o qual poderia simplesmente ter fechado os olhos. No entanto, o projeto, que acontece em países do mundo inteiro, tornou a Pedigree cada vez mais bem vista pelos consumidores e também para aqueles que não têm bichos de estimação.
Mas nem todas as marcas conseguem alcançar o sucesso com uma ação de social branding. Para quem pretende acertar em cheio no projeto, algumas dicas são de grande valia:
– Estabeleça uma relação verdadeira com a sociedade. Observe que em cases de sucesso há sempre um gancho com algo relevante da sociedade, algum assunto que esteja precisando de ajuda. Então, coloque a mão na massa e provoque uma mudança de verdade;
– Use uma linguagem que conversa com o seu público-alvo e que seja condizente com a empresa. Não force a barra. Se a sua marca é conservadora, vai soar muito falso usar uma linguagem coloquial. Pense bastante em quem você quer atingir e que imagem deseja passar;
– Defina uma diretriz para seguir e tenha a proposta muito bem definida. De nada adianta fazer social branding por fazer. Pense em uma ação que tenha a ver com a sua marca, só assim fará sentido aos olhos do consumidor e conseguirá perpetuar;
– Tente educar as pessoas em prol da sua causa. O objetivo maior deve ser sempre estimular uma mudança de comportamento nos consumidores;
– Tenha coragem para assumir riscos, sabendo que qualquer ação que envolva alguma mudança, implica correr certos riscos. Coloque-os na balança e veja o quanto vale a pena assumi-los;
– Feito isso, divulgue sem moderação no ambiente online. As redes sociais são os locais onde mais se vê o consumidor engajado por uma causa. Exemplo disso foram as manifestações de 2013, em que todos os protestos foram organizados na mídia social. Estar presente nesse meio é fundamental para atingir quem mais precisa saber da sua causa: o público alvo da sua marca.
E agora, se sente mais preparado para criar uma excelente campanha de social branding e tentar fazer do mundo um lugar melhor? Então, boa sorte na sua jornada
(*)Alberto Blanco é CEO da Riot
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