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Artigo: social hardwork
Marcel Matsuda, sócio e diretor executivo da fri.to, prevê que novas agências vanguardistas virão
Marcel Matsuda, sócio e diretor executivo da fri.to, prevê que novas agências vanguardistas virão
12 de março de 2013 - 10h32
Por Marcel Matsuda
Sócio e diretor executivo da fri.to
Todas as semanas, nós, que confiamos nosso sustento ao promissor mundo digital, recebemos pelo menos um convite de evento ou palestra que promete revelar tendências e novas regras de conduta no marketing online. Com o mesmo ímpeto, dezenas de revistas, eletrônicas ou impressas, enchem as bancas e caixas de e-mail com dicas, outras novas tendências e soluções para este mesmo mercado. A afirmação acima pode soar com certo desdém a todos os organizadores, editores, e pensadores, contudo a intenção é exatamente oposta. O mundo digital é feito de informações inovadoras e realmente traz novidades que o mercado publicitário convive no dia a dia. As inovações tecnológicas e sociais que surgem a cada dia carregam um volume tão maior de novas suposições e incertezas que, por mais que estes meios se esbaldem de substrato para produzirem seus conteúdos, dificilmente teremos uma verdade absoluta sob qualquer que seja o tema. Para os apaixonados pelo assunto, este alto volume de informação torna-se um prato cheio para um bom papo de bar, algo como discutir a rodada do campeonato brasileiro. Assim como futebol, o novo mundo digital possui seus pontos de contradição como os eternos Derbys de Apple versus Samsung, Google versus Facebook, Android versus IOS, entre outros… E ainda como o futebol e tudo que envolve pontos de discórdia enxergam-se que o digital também precisaria de regras. Mas, neste caso, elas são relativas. Como criar regras e códigos de conduta para um mundo tão mutante e multiforme como a publicidade digital?
A boa notícia é que todo este pandemônio está sempre sendo comentado e por isso sempre mastigado, repensado e digerido. Parafraseando Oswald de Andrade, diria que a Antropofagia digital nos une. Ao abocanhar digerir e regurgitar insights de tendências tecnológicas está alimentando possibilidades de um novo tom criativo, o que nos leva, muitas vezes, a uma ideia criativa que esteja fundamentada em um uma inovação tecnológica. É onde mora a diferença entre criatividade e vanguardismo, e aqui, não encontramos regras. Ações criativas não necessariamente são vanguardistas, mas as ações realmente vanguardistas trazem uma conotação criativa muito grande. Talvez por isso vejamos grandes grupos publicitários se expandindo para perto de polos tecnológicos, porque ambicionam conseguir um substrato tecnológico criativo e se livrar da necessidade de seguir uma cartilha.
A conclusão que chegamos é que o profissional que quiser se manter atualizado sobre este admirável mundo novo, precisa necessariamente gostar do assunto e entender que, quanto mais respirar esse “futebol”, maior a chance de sucesso. Encontrar o ponto de equilíbrio entre tecnologia, criatividade e vanguardismo torna-se condição estratégica. Para as grandes agências fica mais difícil mudar todo o DNA e o mindset, com isso, agências especializadas em digital ganham a confiança não só do mercado, mas das antes consideradas concorrentes. Minha previsão: novas agências vanguardistas virão.
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