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Conferência Ad Age Digital: muito além de soluções de comunicação
Rodrigo Turra, CEO da Redirect Digital Marketing, conta tudo sobre o primeiro dia do evento que acontece em Nova York
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17 de abril de 2013 - 12h44
Por Rodrigo Turra
CEO da Redirect Digital Marketing
O primeiro dia do Ad Age Digital Conference, que acontece em Nova York nos dias 16 e 17 de abril, não deixou nada a desejar. Foi intenso, lotado de medalhões de empresas mundialmente reconhecidas como Starbucks, IBM, Whole Foods, Mastercards, Spotify, Facebook, entre startups e revelações, refletindo mais uma vez o momento que o digital vive sob a ótica empresarial e corporativa. A mente estimulada por uma ideia nunca volta à sua mesma dimensão.
Em 2005, digital ocupava a quinta posição entre os meios com investimentos em propaganda e hoje ocupa o segundo lugar nos EUA, perdendo apenas para a TV. E o crescimento aconteceu nos últimos três anos. Com essas palavras a editora da Ad Age, Abbey Klaassen, abriu o evento nesta terça-feira, 16, considerado um dos maiores em marketing digital do mundo.
Os números constatam a tomada de espaço do digital. E sua importância medida pelo budget de mídia. Contudo, digital não é comprar espaço em veículos. E isso ficou claro e presente em praticamente todas as palestras.
O primeiro dia o evento foi de fato uma tomada geral por praticamente todos os pontos de contato que o digital oferece às empresas e suas marcas. Uma versão encantadora do digital não como braço de algo pronto, mas pensando em sua totalidade de benefícios com seus clientes.
Passou pelo uso de social media por marcas como Whole Foods, que apresentou um case sensacional sobre local social, no qual cada loja se relaciona com sua comunidade. E as novas soluções da Aviary, que lançou o serviço beta #mopho, que usa a tendência de imagens por todo o mundo como plataforma de engajamento.
O digital também foi apresentado pela perspectiva política, visto como extensão e solução de governabilidade e engajamento pelo prefeito de Newark, com tamanha ênfase e embasamento que não surpreende ele também ser um empreendedor digital.
Vimos à força do digital no e-commerce com cases como da Birchbox, que une conteúdo e soluções transacionais, focado no mercado da beleza, ou mesmo o espetacular case da Amazon, usando apenas mães como exemplo, mostrando como a mídia digital pode ser inteligentemente usada para ajudar o cliente, marcas e fazer mais negócios.
Ainda no foco do commerce, destaco a falta de comprometimento das agências tradicionais com o funil de vendas por empresas como a True Action, que mostrou um maravilhoso conceito de anywhere commerce, apresentando uma pesquisa completa de uso de diferentes aplicativos no momento da compra online. Além disso, a Mastercard discutiu as novas soluções de pagamento digital.
Vale ainda ressaltar duas grandes apresentações de tendências do mundo digital, incluindo dez grandes tendências na qual o mobile se destaca como sendo a promessa que está virando realidade sob o ponto de vista de negócios e receitas.
O assunto big data, agora em voga, foi discutido pelo VP da IBM, John Kennedy, mostrando sua visão da nova era da computação: a computação cognitiva, onde não existe mais tempo pra coletar e interpretar a informação. Ela nasce, se propaga e se transforma e as empresas precisam tomar decisões baseadas nesse novo cenário, onde ontem é um lugar muito distante.
Por fim, a VP de Marketing do Facebook, Rebecca Van Dyck, contou um pouco da história da entrada agora no Android e a solução que eles chamam de chat head, bem como toda a campanha de lançamento. Curiosamente foi a única campanha apresentada esse ano, um fato que mostra que corporativamente o digital está sendo incorporado não como uma solução apenas de comunicação.
Eric Hippeau, investidor em startups como Buzzfeed, não teve a mais brilhante apresentação, mas a mais pragmática quanto às barreiras e caminhos do digital no marketing. Para ele, o consumidor tem que ser o herói do CMO (diretor de marketing) e esse tem que acertar o passo segundo o ritmo de seus clientes.
Entender de tecnologia não é fácil, está fora do conhecimento do profissional de marketing e faz mudar a rede de relações e em quem confiar. O mundo digital traz mais tarefas e mais acompanhamento e, por fim, joga fora o que você acredita e faz com que você confie nos jovens, uma vez que os atuais diretores de marketing se aposentam daqui a cinco ou dez anos.
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