IAB Brasil: publicidade digital deve atingir R$ 7 bilhões em 2014

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15 de abril de 2014 - 2h16

POR ISABELLA LESSA
Ilessa@grupomm.com.br

O investimento em publicidade online deve ultrapassar R$ 7 bilhões em 2014, o que significa uma expansão de 25% em relação ao ano passado. A estimativa é do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) e foi apresentada nesta terça-feira, 15, por Rafael Davini e Marcelo Lobianco, presidente e vice-presidente da entidade, respectivamente. O crescimento inclui os segmentos de social media, search, display e classificados. Só os dois últimos, juntos, devem garantir cerca R$ 4,6 bilhões, enquanto display e social media devem responder por R$ 2,5 bilhões.

Se as previsões se consolidarem, segundo o IAB Brasil, o share do meio digital deve chegar a 18% do total do faturamento em publicidade no País. Rafael Davini acredita que os dois principais eventos deste ano, Copa do Mundo e eleições presidenciais, devem impulsionar o tráfego da internet. “A Copa é um evento televisivo, porém o que acontece antes e depois do jogo é maior. Em época das eleições, as pessoas querem se informar ainda mais. Tudo isso gera acessos e engajamento na internet”, afirma. Ele também destaca que os anunciantes têm prestado atenção às demandas do mercado e estão mais preparados para atender o consumidor em múltiplas telas.

De acordo com o IAB, outros fatores têm contribuído para a evolução da publicidade online. Hoje, o Brasil é o terceiro país com mais internautas ativos (52,5 milhões), ficando atrás apenas do Japão (60 milhões) e Estados Unidos (198 milhões). Por outro lado, os brasileiros lideram o tempo gasto online e só perdem para os norte-americanos em acessos no Facebook. De acordo com a comScore, também presente no evento, o interesse por vídeos online e redes sociais, assim como o salto nas vendas de tablets, sinalizam oportunidades para o mercado publicitário nacional.

Monitoramento
Com o objetivo de mapear os rendimentos da publicidade online por categorias, o IAB Brasil vai, a partir de agosto deste ano, iniciar estudos trimestrais de caráter quantitativo em parceria com a comScore. “Conseguiremos cruzar dados com o CPM feito pelas agências e obter informações sobre diferentes tipos de anúncios”, afirma Lobianco. A partir disso, o executivo afirma que será possível mensurar dados sobre a publicidade mobile, inclusive.