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Raphael Vasconcellos critica agências de social do Brasil
Diretor de Soluções Criativas do Facebook mostra empresa e fala sobre o despreparo das agências de social media no país
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Eduardo Mustafa
22 de fevereiro de 2013 - 1h22
O diretor de Soluções Criativas do Facebook, Raphael Vasconcellos, recepcionou a imprensa nesta sexta-feira, 22, para apresentar a sede com seu ‘Hack de Decoração’. Artistas da Choque Cultural foram convidados para fazer intervenções em todo o escritório durante 15 dias (veja galeria de fotos abaixo). Vasconcellos, que assumiu o cargo no ano passado, falou sobre os desafios da rede social e a conturbada relação entre agências, clientes e o Facebook no Brasil.
Hack de Decoração
“Queremos trazer energia para o profissional que faz negócio. Eu particularmente me sinto melhor neste ambiente. Essa é a cara do Facebook”, explica o diretor. O prédio do Facebook Brasil em São Paulo, no Itaim Bibi, está com cerca de 50 funcionários, sendo que a maioria atua no departamento comercial, mas têm profissionais de recursos humanos, finanças e jurídico.
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“Eu fui convidado para atuar em uma área nova, que é baseada em consultoria criativa para anunciantes que querem trabalhar com a rede social”. Vasconcellos, que começou a trabalhar no Facebook em maio de 2012, explicou que seu principal desafio é ajudar na interface entre Facebook, marcas e agências.
“As empresas no Brasil não sabem o que fazer no Facebook, pois todo mês a rede social aparece com novas funcionalidades”. O diretor revela que não enxerga bons trabalhos criativos no Brasil utilizando o Facebook. “Aqui é difícil, porque as agências e os clientes não entenderam que a principal característica desse meio é a velocidade, sendo preciso produzir e responder rápido. As estruturas das agências e dos clientes não são feitas para agir rapidamente. Enquanto isso o usuário fica todos os dias no Facebook.”
Para Vasconcellos, nos Estados Unidos existem modelos de agências que são mais parecidas com redação de jornal. “Eles chamam isso de creativite newsroom, que é se organizar para criar e responder de forma instantânea. Uma marca no Facebook compete com foto do seu amigo, com seu time de futebol e até com o trânsito de São Paulo. As agências no Brasil precisam se reestruturar para resolver nessa velocidade, pois não tem anúncio que dura quatro dias no feed do Facebook”. No Brasil, são 67 milhões de usuários na rede social, sendo que por mês são mais de quatro bilhões de likes no país, complementou.
Especializadas em Facebook
“Hoje não dá para uma agência dizer que é especialista no Facebook porque as coisas mudam em uma grande velocidade. Já ouvi agência dizer que “o Facebook funciona assim” e eu desmentir”. O diretor acredita que o fenômeno das agências sociais especializadas surgiu como uma oportunidade de negócio, mas revela que essas agências não são próximas do Facebook. “Estar próximo das agências seria o primeiro grande passo, mas eu sou pouco procurado. Eu posso ser um grande aliado, não ameaça, mas existe certo receio”.
Rapahel intitula o mercado como júnior, sendo mal preparado para se dizer especialista em Facebook. “Eu não posso ficar ligando para os caras que se dizem especialistas, mas acho que seria muito válido receber esse pessoal aqui para conversar e até ser provocado pelas agências”, finalizou.
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