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SXSW: Por que certas pessoas querem tanto mudar o mundo? E conseguem?
Da esquerda para a direita, Shawn Fanning, Sean Parker, o pensador e cientista digital John Perry Barlow, e o diretor de ?Downloaded?, Alex Winter
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13 de março de 2013 - 11h40
Por Pyr Marcondes
Direto de Austin
Shaquille O´Neal, Al Gore, Tim O’Reilly, Bre Prettis, Elon Musk, Chris Anderson, Shawn Fanning, Sean Parker, Pete Cushmore, Eric Ries, Steve Case, entre muitos outros grandes nomes do mundo do empreendedorismo, da ousadia e da liderança digital, estiveram presentes no SXSW 2013, em sua seção Interactive, que depois de cinco dias, infelizmente, terminou nesta quarta-feira, 13. O que move essas pessoas a quererem transformar o mundo? E no caso de boa parte delas, de fato, conseguir?
Outra lição do SXSW: pensar grande e perseverar é o único jeito de mudar o status quo, seja ele qual for e seja ele em que setor de negócios você estiver. E é assim que você muda o mundo.
Outra lição: não deixe os que eles chamam de “nasayers”, os caras que sempre dizem não, atrapalhar sua jornada. Afaste-os da sua frente, ignore-os e siga. Se não for para dar certo, seu empreendimento não dará certo por si mesmo. A realidade do mercado vai cuidar de te eliminar e banir seu sonho da face da Terra. Você não precisa dos advogados do não enchendo o seu saco.
Para quem estranhou o nome de Shaquille O`Neal na lista, explica-se. O ex-campeão de basquete ficou, como podemos imaginar, muito rico com sua vida esportiva e, entre as coisas que faz na vida hoje está a de ter milhões de seguidores no Twitter em todo o mundo, tendo construído uma das maiores arrobas dentre os astros do esporte. E, ainda, investir parte da sua fortuna em iniciativas que ajudem as pessoas em várias causas humanitárias, tendo sempre a internet como base de ação e disseminação de seus projetos. Usa, portanto, a si mesmo e seu carisma, seu dinheiro e o mundo digital para … mudar o mundo. Daí estar entre os convidados do SXSW, aos quais encantou com seu bom humor, seu tamanho, óbvio, e seu entendimento de como a interatividade e a tecnologia podem ser usadas a serviço de coisas legais.
A dupla Shawn Fanning e Sean Parker, que todos conhecemos como os fundadores do Napster, que por sua vez não só transformou toda a indústria da música, como criou as bases da cultura de compartilhamento digital que move nossa vida na internet hoje, estiveram lá porque o SXSW é seu ambiente natural, seu habitat, de onde vieram e para onde sempre estarão voltando.
Estiveram lá também para protagonizar o lançamento oficial no SXSW, como personagens principais, do documentário “Downloaded”, do ator e diretor Alex Winter. O documentário conta a trajetória dos dois e nos faz entender um pouco o que de fato aconteceu na época (início dos anos 2000), mostrando ainda como muito do que a internet é hoje nasceu a partir do Napster e do que os então dois garotos de 20 e poucos anos de idade fizeram. (Veja o site de lançamento do filme no SXSW, com direito a trailer, aqui)
Depois que foram esmagados pelos processos movidos pela indústria da música, continuaram sempre juntos de alguma forma, mas cada um seguiu seu rumo também em empreendimentos paralelos. Fanning criou dois projetos (Snowcap e Rupture) que acabou vendendo e enchendo o bolso com muitos milhões de dólares. E Parker, como você certamente viu no filme da história do Facebook, ele sendo interpretado pelo Justin Timberlake, também acabou ficando com um pedaço da maior torta de social network do mundo. Isso entre outros empreendimentos que levam sua marca. Tudo em que ele coloca a mão, vira ouro.
Ambos continuaram, portanto, tranquilamente mudando o mundo e ficando mais e mais ricos.
Os dois estão agora oficial e poublicamente juntos novamente tendo no forno mais um empreendimento, que ninguém sabe ainda direito o que será, mas as especulações giram em torno de um serviço em tempo real de vídeo-sharing, que misturaria You Tube com as funcionalidades de uma rede de relacionamento social como o Facebook. Especulação. No palco do evento, eles fugiram das perguntas sobre o assunto e não deram nenhuma pista consistente. Mas estejamos certos: eles não estão brincando em serviço, de novo.
Depois de assistir ao vivo tantos empreendedores e tantas iniciativas corajosas e visionárias, não há como não sair de Austin contagiado com o vírus de empreender. E, quem sabe, contribuir também para mudar o mundo.
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