Meio & Mensagem
12 de novembro de 2012 - 5h17
O modelo de remuneração das agências é um dos pilares mais consolidados da indústria de comunicação brasileira. Questioná-lo sempre gera polêmica. Quando o assunto é transposto para a remuneração de agências digitais, outras variáveis tornam a questão ainda mais delicada: como aceitar ganhar apenas quando o cliente colhe bons resultados se vários aspectos não dependem da agência? E os custos fixos de produção e equipe, como são contemplados?
Em agosto, a holding Flag, que pertence ao Interpublic e congrega a CuboCC e mais três empresas com modelos de negócios considerados inovadores, lançou a Pong Dynasty, uma agência criada dentro da realidade da remuneração por performance. De acordo com as expectativas da holding, nos próximos anos este será o modelo dominante no mercado de comunicação. Isso porque, segundo explica o CEO Rodrigo Santanna, os modelos vigentes são falhos.
Outros líderes de agências digitais, de diferentes portes, discordam. Mesmo quem veio da maior escola de métricas do mercado, o Google. Para Renato Maria, cofundador da ADW/id, agência focada em mídia de performance, variáveis que fogem do controle da agência inviabilizam o modelo proposto pela Pong Dynasty. A opinião está alinhada com players do mercado digital, como Paulo Loeb (Fbiz) e Abel Reis (AgênciaClick Isobar). Eles preferem ver a questão de maneira mais positiva: a busca incessante por resultados arrojados deve estar no dia a dia do trabalho. Se tiver de passar pelo aspecto financeiro, que seja como bônus, e não ônus.
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