Interação e experiência ampliam UX nas agências

Luiz Gustavo Pacete
6 de maio de 2019 - 6h00

 

UX, a sigla que remete à user experience, é mais uma palavra do dicionário recente de termos que estão em alta. Na prática, juntamente com metodologia ágil, transformação digital e outras expressões ligadas à inovação, o UX tornou-se vital para qualquer empresa cuja experiência dos usuários ante uma plataforma seja importante.

O profissional que atua nesta área tem como ponto em comum a construção de um ambiente amigável, funcional e simples para o usuário. E com a tecnologia atual baseada na navegação mobile, dado as centenas de apps utilizadas diariamente, de delivery a transporte, o papel estratégico do UX só aumentou. Em geral, os UX designers trabalham em variados projetos ao mesmo tempo, desenhando experiências para diferentes clientes e plataformas: mobile, web, devices conectados, espaços físicos, chatbots.

“Ao transitar entre vários tipos de projetos e indústrias, esses profissionais conseguem adquirir uma experiência incalculável para a carreira”, afirma Tiago Mesquita, general manager da escola de tecnologia Ironhack. Tiago vem acompanhando o aumento da demanda por cursos relacionados à área. “Cientes da importância do setor para continuar sua escalada de crescimento, muitas agências também possuem a intenção de aumentar o número de UX designers em suas equipes”, explica.

De acordo com a consultoria PageGroup, a previsão é de uma alta de 10% na remuneração de profissionais de UX em 2019, em comparação com 2018, o que pode chegar a R$ 11,5 mil mensais. Nas agências de publicidade, eles também começam a ganhar relevância dentro de suas estruturas fruto da crescente demanda dos clientes que necessitam de consultoria externa para a criação de produtos e serviços centrados na experiência do usuário ou simplesmente mais inovadores.

Ivan Delavie, head of experience design da Sapient AG2, reforça que a função representa todas as interações com um produto ou serviço e UI é a materialização das soluções. “Aqui na agência, UX e UI, user interface, trabalham em um time multidisciplinar de Experience Design e utiliza metodologias como Design Thinking, Agile e Lean UX sempre baseados em dados e tendo o usuário no centro das decisões estratégicas durante todo o processo de construção das soluções”, explica.

Isabelle Vooght, diretora de criação da Y&R, afirma que o termo, muitas vezes associado apenas aos meios digitais, é intrínseco ao design, que este, antes mesmo de ser sobre aparência e estilo, é sobre funcionalidade. “É uma função importante para qualquer área que desenvolva produtos e serviços para marcas já que ele tem por função fazer as pessoas viverem boas experiências: facilitar o uso, gerar sensações e emoções”, afirma.

A criativa reforça que, atualmente, um grande desafio das marcas e das agências – mais do que só comunicar – é criar experiências continuas e inesquecíveis para as pessoas. “Desde o envio de um e-mail marketing, uma resposta nas redes sociais, passando pela usabilidade de um aplicativo, de uma boa experiência de compra online ou serviço ao cliente no ponto de venda. A maioria dos pontos de contato com marcas passam hoje em dia, por meios digitais tornando o User Experience tão importante quanto o Customer Experience.”

 

Imagem de topo: Pixabay