O marketing dará adeus aos millennials
Estudo da Hotwire PR aponta que as companhias manterão o foco em paixão e não em números em 2016
Estudo da Hotwire PR aponta que as companhias manterão o foco em paixão e não em números em 2016
Meio & Mensagem
18 de novembro de 2015 - 7h29
(*) Por Lindsay Stein, do Advertising Age
Em 2016, os profissionais de marketing e comunicação irão parar de focar os millennials como um grupo demográfico e tentarão atingir os consumidores jovens baseados em suas paixões, segundo um estudo divulgado pela Hotwire PR na terça-feira, 17. O sétimo relatório anual "Communications Trends Report", baseado em dados de 400 executivos de 22 países, revelou que as marcas procurarão engajar os consumidores com conteúdos não atrelados à idade e sim com ênfase em certos valores.
Outro destaque do estudo foi que a indústria não está preparada para o bloqueio de anúncios no ambiente móvel, especialmente desde que a Apple habilitou apps a cortar anúncios em smartphones e iPads com o sistema operacional iOS 9. Para superar o aumento do bloqueio de anúncios, os anunciantes deverão gastar mais tempo com publicidade nativa, podcasts patrocinados, parcerias com influenciadores e esforços em termos de experiência.
Eis outras tendências apontadas pelo levantamento:
1) O crescimento da realidade virtual: os consumidores anseiam por novas experiência e já que a VR continuará construindo momentos no mundo dos games e do entretenimento, os anunciantes começarão a procurar novas maneiras de integrar essa tecnologia num espectro maior de conteúdo.
2) Uso do conteúdo para competir com a Amazon: as marcas usarão campanhas e conteúdos segmentados para oferecer aos consumidores experiências mais ricas que os encorajarão a voltar ao site das companhias ao invés de fazer compras na Amazon.
3) Tempo real ao invés de conteúdo planejado: anunciantes concentrarão mais recursos em conteúdo real-time do que em um calendário de conteúdo planejado.
4) Conteúdo hiperlocal em alta: um ou dois trechos de conteúdo hipersegmentado não serão suficientes para as marcas em 2016. Elas precisarão criar ao menos 10 mensagens específicas para cada subgrupo dentro da sua audiência.
5) Campanhas de marketing que ofertem serviço: as campanhas mais bem-sucedidas em 2016 oferecerão serviços relevantes e úteis para os consumidores e a sociedade como um todo.
6) Marcas como ativistas: os valores continuarão colocados no centro das estratégias de comunicação das marcas, especialmente aqueles ligados a questões sociais e políticas.
7) Anunciantes pedirão uma mão para vídeos digitais: as marcas usarão produtores experientes, planejadores e equipe de contas para descobrir quais as melhores plataformas para vídeos em 2016.
8) Crescimento da publicação em canais de terceiros: as marcas ainda utilizarão seus websites para publicar conteúdo, mas plataformas de publicação com serviços de distribuição como Medium e LinkedIn Pulse se tornarão mais importantes para as campanhas de marketing.
Tradução: Fernando Murad
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