Meio & Mensagem
30 de julho de 2013 - 2h43
Pelo menos todo final e início de semestre a conjuntura é a mesma: hora de refletir e mensurar “quantitativamente” os resultados dos esforços empreendidos. Sendo assim e já que estamos no mês de julho (entremeio entre o primeiro e segundo semestre), achei oportuna uma reflexão sobre a eterna busca por resultados no cenário midiático.
Para início de conversa vemos a emergência de uma “Nova Economia” comunicacional – basicamente estruturada na informação, no conhecimento e nas novas formas de consumo midiático. Tal conjuntura tem gerado uma competitividade intensa (e baseada no tempo real) entre os veículos que operam no mercado. Para complexificar ainda mais o cenário atual, temos os processos de negócios apoiados nas redes digitais e na convergência midiática para a distribuição de conteúdos.
Nesse sentido a busca por resultados “ensaia” ser também alicerçada sobre uma infinidade de fatores que não podem ser considerados isoladamente e nem apenas “numericamente”. Pelo contrário, estes precisam ser compreendidos a partir da conjunção e dos efeitos sobre o mercado como um todo, mas principalmente sobre o comportamento dos consumidores das mídias.
Felizmente, vários meios de comunicação, atentos a esse movimento, diversificaram o conteúdo de suas programações com o intuito de atender às expectativas desses novos consumidores. Contudo, reconfigurando os resultados, temos ainda a fragmentação das audiências – que agora faz com que os anunciantes disputem a atenção dos consumidores em meio a muitas plataformas de mídia.
Por tudo isso, defendo que essa eterna busca por resultados deve ser ancorada por um trabalho de base que se inicie e se finalize com pesquisas e que transcenda, em muito, os números. Afinal assistimos, com uma impressionante velocidade, a queda dos paradigmas anteriores no mundo da mídia – a começar pela própria noção do que é “horário nobre”, já que hoje, com tantos conteúdos ondemand, o horário nobre passa a ser o horário em que o consumidor se “abre” positivamente ao conteúdo e não o mais o que era determinado pelos veículos. Esse item, por si só, já evidencia como são “demarcatórias” as linhas que separam as pesquisas de consumo de mídia de um período anterior das pesquisas feitas hoje. Por fim, a busca por resultados não pode ignorar fatores como convergência, multiplicidade de canais, fragmentação e estrutura transmidiática, nem muito menos se estruturar sobre dados meramente quantitativos.
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